No rescaldo das eleições europeias marcadas pela forte abstenção em diversos países (incluindo Portugal) e pela mudança de sentido de votos de partidos ditos tradicionais para outros partidos, torna-se interessante também observar posições face a estes resultados.
Não interessa quem são os US & THEM, mas interessa bastante entender que, tal como em quase tudo na vida, existem os US e existem os THEM. É isso que proporciona a competição e o mundo em que vivemos é cada vez mais competitivo entre os seres ditos humanos.
Neste contexto vi o programa emitido hoje na SIC Notícias, Sociedade das Nacões com uma entrevista ao Ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, o Sr. Radoslaw Sikorski, que sinceramente neste texto não me interessa se está do lado dos US ou do lado dos THEM.
Foi uma entrevista interessante a vários níveis, sendo um deles a contextualização da Europa no mundo, relembrando os primórdios da construção europeia, com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, a propósito do recente acordo entre a Rússia e a China para o fornecimento de energia à China a preços supostamente competitivos.
Disse o Sr. Sikorski que qualquer preço de energia que os países dos Estados-Membros da U.E. tenham no fornecimento às empresas industriais do seu país, que se situe num nível acima dos preços de energia que a China tem ou venha a obter, torna-se uma desvantagem competitiva. Interessaria na sua opinião que a Europa se consciencializasse que, unida e forte, teria mais peso negocial, com vantagens para todos os seus Estados-Membros.
Disse ainda o Sr. Sikorski que a Europa é grande em termos económicos, se consideramos as suas economias em conjunto. Mas que muitos dos países, senão mesmo a maioria, considerados individualmente, não passam de pequenas ou médias economias à escala mundial e que muitos ainda não se aperceberam disso.
Espero que este texto dê origem a comentários pois ele só fala de um lado da «luta» e naturalmente todos temos interesse em conhecer as várias envolventes da construção ou destruição europeia para podermos ir pegando na «espingarda» e ir escolhendo o lado para combater.
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