O FMI na sua 7.ª avaliação apresenta no seu relatório um gráfico que esconde a realidade das reduções nos salários ocorridos em 2012 em Portugal. Pelo que sabemos da imprensa, alguns jornalistas tiveram já acesso a este relatório do FMI que será em breve tornado público.
O Fundo argumenta que recebeu os dados do Governo mas não os confirmou. O Executivo reconhece que os dados não são completos. Tal gráfico ilustra que a redução de salários dos trabalhadores inscritos na Segurança Social tinha sido de apenas 7%. Mas tal gráfico não exprime a realidade uma vez que o governo vem agora confirmar que, afinal, tal redução salarial atingiu já, nos empregados do sector privado, os 27% em 2012.
Mas sabe-se também, segundo a imprensa, que o FMI vem agora defender nesta próxima visita a Portugal por conta da 8.ª avaliação, a importância de mais cortes nos salários dos trabalhadores do sector privado, suportado, segundo parece, num raciocínio muito simples: se, segundo a lei da oferta e da procura, se pode concluir que o emprego/trabalho diminui porque os salários (custo) não baixam, então a redução desse custo fará aumentar o emprego (reduzir o desemprego).
Acredita portanto o FMI que as empresas não despediriam tanto ou não iriam à falência se os custos dos salários fossem mais baixos.
Seria importante recomendar ao FMI que estudasse mais aprofundadamente a economia e a realidade empresarial nacional. O problema aqui é que os técnicos de tão elevada e mui nobre instituição aparentam não conhecer e compreender bem a realidade portuguesa.
Seria desejável que instituições como o FMI entendessem que as empresas estão a falir, ou a despedir, não porque os custos salariais são exagerados ou estão acima do razoável (muitas delas pagam salários mínimos ou abaixo de mil euros a uma franja enorme de colaboradores, em especial muitas com CAE de indústria) mas porque não vendem, dito por outras palavras, porque não têm mercado e não o têm porque as pessoas não compram dado que lhes estão a reduzir os salários.
E isto é tanto mais compreensível quanto sabemos que a criação de riqueza e a produtividade nacional dependem em cerca de 70% do mercado interno (uma vez que é sabido que as exportações são responsáveis por apenas 30% do PIB nacional).
Ora se a esmagadora maioria das empresas (acima de 80%) não são exportadoras e se a esmagadora maioria da produção nacional é gerada e é destinada ao mercado interno (70%) como poderemos explicar e concluir que reduzir salários induz mais emprego quando sabemos que: menos salários significa menor procura, menor procura significa menos vendas e menos vendas significa mais falências e consequentemente mais desemprego (para além de mais pobreza)?
O Fundo argumenta que recebeu os dados do Governo mas não os confirmou. O Executivo reconhece que os dados não são completos. Tal gráfico ilustra que a redução de salários dos trabalhadores inscritos na Segurança Social tinha sido de apenas 7%. Mas tal gráfico não exprime a realidade uma vez que o governo vem agora confirmar que, afinal, tal redução salarial atingiu já, nos empregados do sector privado, os 27% em 2012.
Mas sabe-se também, segundo a imprensa, que o FMI vem agora defender nesta próxima visita a Portugal por conta da 8.ª avaliação, a importância de mais cortes nos salários dos trabalhadores do sector privado, suportado, segundo parece, num raciocínio muito simples: se, segundo a lei da oferta e da procura, se pode concluir que o emprego/trabalho diminui porque os salários (custo) não baixam, então a redução desse custo fará aumentar o emprego (reduzir o desemprego).
Acredita portanto o FMI que as empresas não despediriam tanto ou não iriam à falência se os custos dos salários fossem mais baixos.
Seria importante recomendar ao FMI que estudasse mais aprofundadamente a economia e a realidade empresarial nacional. O problema aqui é que os técnicos de tão elevada e mui nobre instituição aparentam não conhecer e compreender bem a realidade portuguesa.
Seria desejável que instituições como o FMI entendessem que as empresas estão a falir, ou a despedir, não porque os custos salariais são exagerados ou estão acima do razoável (muitas delas pagam salários mínimos ou abaixo de mil euros a uma franja enorme de colaboradores, em especial muitas com CAE de indústria) mas porque não vendem, dito por outras palavras, porque não têm mercado e não o têm porque as pessoas não compram dado que lhes estão a reduzir os salários.
E isto é tanto mais compreensível quanto sabemos que a criação de riqueza e a produtividade nacional dependem em cerca de 70% do mercado interno (uma vez que é sabido que as exportações são responsáveis por apenas 30% do PIB nacional).
Ora se a esmagadora maioria das empresas (acima de 80%) não são exportadoras e se a esmagadora maioria da produção nacional é gerada e é destinada ao mercado interno (70%) como poderemos explicar e concluir que reduzir salários induz mais emprego quando sabemos que: menos salários significa menor procura, menor procura significa menos vendas e menos vendas significa mais falências e consequentemente mais desemprego (para além de mais pobreza)?
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