Continua o diálogo de surdos entre Professores e Ministério da Educação pois os Professores prometem continuar a luta, enquanto o Ministério garante que não suspende o actual modelo de avaliação de desempenho dos professores.
Segundo a organização, o protesto de ontem, convocado por todos os sindicatos do sector, reuniu cerca de 120 mil professores, superando a manifestação de Março, até agora a maior alguma vez realizada em Portugal por uma única classe profissional. Já a PSP recusou adiantar números, alegando não serem possíveis de calcular, "dada a dimensão do protesto".
Apesar da dimensão do protesto, que superou o realizado em Março, a ministra da Educação garantiu, em conferência de imprensa, que o modelo vai continuar a ser aplicado nas escolas, para permitir distinguir e premiar aqueles que são os melhores professores.
Segundo a organização, o protesto de ontem, convocado por todos os sindicatos do sector, reuniu cerca de 120 mil professores, superando a manifestação de Março, até agora a maior alguma vez realizada em Portugal por uma única classe profissional. Já a PSP recusou adiantar números, alegando não serem possíveis de calcular, "dada a dimensão do protesto".
Apesar da dimensão do protesto, que superou o realizado em Março, a ministra da Educação garantiu, em conferência de imprensa, que o modelo vai continuar a ser aplicado nas escolas, para permitir distinguir e premiar aqueles que são os melhores professores.
São vários os argumentos apresentados pelos professores contra o actual modelo de avaliação. Um deles é o de que alguns professores são nomeados obrigatoriamente para avaliar colegas de outras disciplinas. Nessa avaliação devem verificar se os colegas estão a cumprir com os conteúdos programáticos. Acontece que esses professores não conhecem, porque não é da sua área, os conteúdos programáticos cujo cumprimento estão a avaliar.
Outra das críticas apresentadas é a de que as escolas estão a seguir critérios diferentes para conseguir cumprir com a avaliação de desempenho, o que provoca distorções e injustiças num processo de avaliação que se pretendia justo e universal, no sentido de ser o mesmo para todas as escolas e professores.
É mais um assunto a contribuir para a instabilidade de um sector chave do sucesso ou insucesso de um país. Parece que este assunto é encarado com alguma indiferença mas se mais de 100 mil professores rumam à Capital, manifestando o seu descontentamento e procurando sensibilizar o Governo para alterações que julgam justas, não se pode continuar eternamente a pretender que tudo está bem. Não está bem e quando os professores não estão bem, quem sofre indirectamente são os alunos, os tais que nós queremos e precisamos que tenham uma boa educação.
De todos os cartazes da mega-manifestação um chamou-me particular atenção. Dizia apenas: Queremos ensinar.
1 comentário:
Caro Otávio
Acredito que no meio desses cartazes e dessa multidão, existe muita demagogia, hipocrisia e falsidade. Acredito que encontremos também muito bons profissionais e excelentes professores. Mas os mais recentes comportamentos da classe não nos os têêm deixado nada bem.
É necessário não esquecer que há mais de 30 anos que esta classe é dominada pelos sindicatos, modelos que albergam verdadeiros parasitas do sistema.
E quem paga a factura são os bons professores, aqueles que verdadeiramente cumprem a sua missão muitas vezes com sacrifício sabemo-lo bem.
Mas não aceitar um processo de avaliação de desempenho é típico de um país do 3º mundo. Quem nos dias de hoje não o tem?
Bom ou mau?
É certo que haverão mudanças a concretizar e aspectos a melhorar. Mas muitos se escudam atrás do que julgam não estar adequado para simplesmente recusar o processo no seu todo.
Um abraço
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