Existem contudo formas muito variadas de se chegar a / viver esta idade avançada. Por um lado, temos um grupo de pessoas que se mantêm saudáveis e activas e com boas condições socioeconómicas.
Por outro lado, para muitos idosos, a gradual perda de saúde e de qualidade de vida, representa um início de um longo e penoso caminho.
Desafios que o envelhecimento representa:
- Declínio da população activa com consequente envelhecimento da mão-de-obra;
- Maior pressão sobre os regimes de segurança social e finanças públicas, provocada pelo número crescente de reformados e pela diminuição da população activa;
- Maior necessidade de cuidados de saúde e de assistência às pessoas idosas;
- Maior diversidade de recursos e de necessidades dos idosos;
- Inactividade abrupta, aquando da reforma, o que cria sentimentos de inutilidade, de rejeição e de afastamento das pessoas idosas.
Apesar de se saber que o idoso vai perdendo a sua capacidade física, psíquica, mental e social ao longo dos anos, devemos ter presente que o envelhecimento é uma nova fase da vida que deve ser abordada e vivida da forma mais saudável, positiva e feliz possível.
Como Cuidados à Pessoa Idosa, temos que ter em consideração:
- Investimento na prevenção;
- Promoção de estilos de vida saudáveis;
- Educação dos mais novos para o envelhecimento;
- Educação para a saúde familiar;
- Melhoria das condições de vida;
- Promoção do auto – cuidado;
- Viver com mais saúde e por mais anos
Nos casos em que o idoso se encontra com algum grau de dependência e para lhe proporcionar um melhor acompanhamento tendo também em conta a sua vontade, qual será o melhor local para permanecer com a referida qualidade de vida? Será a sua casa? Será a casa de familiares? Será o centro de acolhimento ou será a casa de repouso?
Existem recursos de apoio aos Idosos como: Lares de Idosos, Lares para Cidadãos Dependentes, Centros de Dia, Centros de Convívio, O Apoio Domiciliário, Acolhimento Familiar, As Colónias de Férias e o Turismo Sénior, O Termalismo.
No apoio ao idoso tem também de se ter em conta as estruturas interna e externa à família.
Estrutura interna da família – como se organizam e como se reestruturam perante a dependência do idoso.
Estrutura externa da família, ou seja, as outras redes de apoio (Redes de Vizinhança e Amigos, Centros de Saúde, R.N.C.C.I.-Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, I.P.S.S.–Instituição Particular de Solidariedade Social)
Ter família é ter a certeza de que se possui alguém com quem se pode partilhar sentimentos; é ter a presença segura de alguém que é querido, que apoia e que cuida; é uma forma de ultrapassar o isolamento. Não nos devemos esquecer que em muitos casos é a família (cuidador ou cuidadores principal/principais) quem passa 24 horas por dia com o idoso.
As famílias também elas necessitam de ser cuidadas, escutadas e apoiadas. Quando ela é solicitada para a prestação informal de cuidados ao doente no domicílio, torna-se necessário ter uma família envolvida e, sobretudo, uma família apoiada, diminuindo assim a ansiedade e a sensação de impotência dos familiares, para que tudo se desenvolva de forma harmoniosa em prol da saúde do idoso.
De forma directa ou indirecta, para promover uma melhor qualidade de vida, nossa e dos nossos entes queridos, começamos todos a ter de ver com diferentes olhos e a prestar mais atenção ao envelhecimento nos dias de hoje.
2 comentários:
Excelente artigo Paula. Muito boas orientações sobre o processo de envelhecimento. Sabemos que muitas familias desempenham funções de prestação de cuidados médicos e outros apoios a familiares idosos, mas muitas delas sem condições ou conhecimentos básicos de como o fazer.
Este fenómeno é cada vez mais real tendo em consideração o fenómeno de envelhecimento da população portuguesa.
Este artigo elucida que passos podem ser dados e que instituições podem ser consultadas para obter essa ajuda.
um beijo
Olá Paulita,
Daqui Cris;)o teu artigo fez-me pensar nos meus avós, infelizmente apenas já só tenho a minha avó materna.
Queria apenas deixar-te uma pequena opinião, não vinculativa nem generalista, mas que vejo diariamente e não só na minha família.
As famílias vivem demasiado ocupadas com os seus afazeres e dispõem de pouco tempo para cuidar dos seus entes queridos. É claro, que não podemos oferecer sempre esta moeda de troca e indicá-la como uma "desculpa" viável e irrefutável, contudo é a verdade.
Ambas sabemos que os idosos de agora, pais dos nossos pais, tiveram uma visão diferente do mundo e das formas e técnicas de educar os filhos.
Infelizmente há mágoas e recentimentos entre filhos, irmãos, avós e pais e isso espelha-se no abandono, na inutilidade e na falta de respeito pelos idosos.
Fora criticas e juízos de valor, a maior dificuldade é mesmo essa passagem à inatividade que é o período de reforma. Aqueles que estão no campo, ao invés de terem uma centena de galinhas, podem ter 2ou3, não amanham peixe, pq o velhote já morreu, mas ainda arranjam forças para matar um coelho...aos outros, que estão na cidade sobra-lhes viverem em casa dos filhos, quase como empréstime e cuidar dos netos.
Muito se pode dissertar sobre o tema, mas quando tento olhar ao futuro, onde me deparo com essa realidade, de ser eu a cuidar dos meus pais, como farei? em que medidas me apoiarei? e se estiver fora, pq a vida aqui não me apresenta melhor?
é sem dúvida um tema válido e muito actual para se discutir,s eja em fórum ou á mesa de um jantar de amigos...
fica o convite amiga;)
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