Trago hoje para leitura e reflexão 2 excertos de notícias relacionadas com 2 empresas nacionais com percursos completamente.
1ª Notícia
Prejuízos na Carris ultrapassam valor de uma frota de mais de 3 mil autocarros
Na Carris, a situação financeira é cada vez mais preocupante. Os prejuízos reais ultrapassam o valor de uma frota de mais de três mil autocarros. Pelos números mais recentes esta empresa registou em 2007 prejuízos na ordem dos 23 milhões de euros.
Esta manhã, no Público, há um alerta do Revisor Oficial de Contas da Carris que avisa que pode estar em causa a manutenção da actividade da Carris, caso as dotações de Capital do Estado, suspensas há cinco anos, não sejam retomadas.
2ª Notícia
EDP lança primeira pedra do que será o maior parque eólico da Polónia
A EDP Renováveis lança na quinta-feira a primeira pedra do futuro parque eólico de Margonin, o maior parque eólico na Polónia, com uma capacidade instalada de 120 megawatts (MW) e que entrará em funcionamento no final de 2009
Com o lançamento desta primeira pedra, a EDP Renováveis entra em definitivo no mercado polaco da energia eólica, o segmento que lidera o crescimento do sector das energias renováveis na Polónia.
A Polónia é, como tem sido referido pela EDP, um dos países da Europa Central e de Leste com maior potencial de crescimento no sector das energias renováveis, tendo como objectivo que entre 2010 e 2014 cerca de 10 por cento da energia consumida seja de origem renovável.
O mercado polaco servirá ainda ao objectivo estratégicos da EDP de criar uma plataforma adicional de crescimento para a expansão do negócio das energias renováveis na Europa Central e de Leste.
Meus comentários
A notícia sobre o colapso financeiro da Carris impressiona sobretudo pela dimensão exagerada do prejuízo registado ( 23 Milhões de Euros em 2007 ). Este resultado contribui fortemente para tornar a empresa inviável. Ainda não estou bem a imaginar a Capital sem os seus Autocarros e Eléctricos mas algo terá de ser feito (depressa e bem) para colocar ordem nas contas da Carris.
Por outro lado, regista-se com agrado a expansão da EDP a Leste, mostrando que algumas empresas nacionais fazem da internacionalização uma realidade. É claro que há empresas e empresas.
As grandes empresas partem em posição de vantagem e empresas em crescimento contínuo, como a Martifer, cujos investimentos se estão a expandir até à Austrália, deixam o país orgulhoso mas ao mesmo tempo pensativo em como poderiam as empresas de menor dimensão, aprender com estes gigantes.
É que não podemos resumir a economia nacional aos grandes contribuintes para o PIB.
É desejável que Auto-Europa, EDP, PT, Martifer e as restantes maiores empresas nacionais tenham bons desempenhos.
É desejável que Auto-Europa, EDP, PT, Martifer e as restantes maiores empresas nacionais tenham bons desempenhos.
Mas também é desejável e vital que as empresas de menor dimensão (médias, pequenas e micros) também tenham as suas vitórias.
Delas dependem as vidas de centenas de milhar de trabalhadores portugueses.
1 comentário:
Infelizmente, no exemplo da Carris, é aqui seguido o destino das empresas de transportes públicos - são sempre deficitárias. Pelo que sei, é normalmente assim em toda a parte. Trata-se de assumir um serviço público que na essência não é rentável. Tudo se resume no entanto a um esforço pela melhor e mais competente gestão para minorar os custos para o erário público.
No caso da EDP ou da Martifer, este exemplo vem provar o que se tem dito - Portugal está já na linha da frente europeia ao nível da produçao de energia eólica.
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