A propósito da visita de Estado do Presidente da República à Polónia o qual se faz acompanhar de uma missão empresarial àquele país, pretendo, muito em síntese, realçar aqui o que considero serem os passos acertados de uma verdadeira estratégia da Diplomacia Económica Portuguesa, a qual se tem estabelecido (intencionalmente ou não - não importa) de forma concertada entre o Governo e o Presidente da República.
A ida dos representantes portugueses (PR ou Governo) a países como Angola, a Índia, a China, a Venezuela e agora a Polónia, revela por si só, se estivermos atentos e entendermos alguma coisa de mercados internacionais, internacionalização empresarial, relações económicas exteriores ou relevância estratégica em matéria de expansão, globalização (já para não falar da problemática do petróleo) revela uma leitura correcta, uma percepção da importância dos factores que acima relevei e uma atenção extrema à internacionalização do país, das empresas e das instituições nacionais - do próprio país. Porque não nos confinamos (nem podemos) apenas e só à Europa.
O caminho é este e tem que ser este. Os países distinguidos, são absolutamente cruciais para o desenvolvimento, actual e futuro, das nossas empresas, dos seus mercados e da nossa economia como um todo, já para não falar da projecção internacional do país.
Governo e Presidente disso têm estado cientes. Por isso merecem esta nossa distinção. Falta agora igual relevância, atenção estratégica, nova direcção e novo rumo para o Brasil. Muitas oportunidades (e riscos também) o mesmo comporta. Porém, o papel de Portugal como presidente da CPLP, pode e deve projectar maior intensidade na extensão da nossa diplomacia económica para o aquele lado do atlântico.
2 comentários:
Prezado Colega, a Diplomacia Económica é talvez uma das mais importantes areas de actuação nos dias de hoje. Embora tenha diferentes países protagonistas ao longo de cada ano, atrevo-me a dizer que face à competitividade empresarial dos dias de hoje, não podemos negligenciar as relações com nenhum país. Se nós estamos a lutar por melhores condições para as nossas empresas, todos os outros paises do mundo estão a fazer o mesmo. No dia 27 de Julho neste blog, dei conta ( com alegria ) do Projecto de Investimento Aeronautico da Embraer em Evora. E tu caro colega, logo me respondeste com outro projecto semelhante e que teimosamente não saía da gaveta. Pois bem, nesta sexta feira chegou a má notícia de que o projecto da Skylander não vai sair da gaveta dando ( infelizmente ) razão aos teus receios. Podem ler-se mais pormenores em http://dn.sapo.pt/2008/09/07/economia/dinheiro_contribuintes_pode_dado_ceg.html . Continua renhida a luta pelos recursos ( leia-se investimentos ). Mas tambémm neste caso aconselha-se alguma prudência pois não percebi ainda bem porque não se concretizou este investimento pois as partes envolvidas (Promotor,AIECEP e Camara de Evora )apressaram-se em trocar acusações.
Simples, o Estado (ou seja todos nós contribuintes)teria que avançar com 50 milhões dos 200 milhões de investimento previsto. E sem garantias absolutas de retorno do investimento, num projecto de elevado risco.
Como disse e bem Basílio Horta (presidente da AICEP)o Estado tem que ser criterioso na utilização dos dinheiros públicos.
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