O Primeiro-Ministro José Sócrates esteve no início da semana no Distrito de Bragança onde foram assinaladas as evoluções no projecto da construção da Barragem do Baixo Sabor.
Envolto há mais de dez anos em sucessivas polémicas, talvez seja desta que o projecto “vai para a frente”.
Embora já um pouco antigo aqui deixo um link onde dados sobre a construção desta barragem podem ser observados
http://www.edp.pt/EDPI/Internet/PT/Group/Media/EDPNews/2007/Baixo_Sabor.htm
http://www.edp.pt/EDPI/Internet/PT/Group/Media/EDPNews/2007/Baixo_Sabor.htm
Se é um facto que as Associações de Defesa do Ambiente muito têm feito em defesa do equilíbrio ambiental em Portugal, também não é menos verdade que as suas posições nem sempre se revelaram as mais equilibradas, tendo os ambientalistas efectuado despropositados bloqueios ao progresso e sustentabilidade económica e social.
Fica sempre a dúvida de saber quando é que têm razão e quando é que estão ( segundo já diversas vezes foram apelidados ) a ser “fundamentalistas”.
A barragem do baixo sabor vai continuar a ser palco da “batalha” entre Governo e Ambientalistas.
Numa altura em que se acentua a crise energética, até que ponto se torna legítimo bloquear projectos com a dimensão importância regional e nacional que tem a Barragem do Baixo Sabor ?
Gostaria de ouvir e sentir a vossa sensibilidade para esta questão em particular e para o papel em geral das Associações Ambientalistas. Estarão elas a desempenhar bem o seu papel? Ou estarão a ser um despropositado entrave ao avanço da generalidade dos projectos energéticos ou turísticos que muitas vantagens trariam a Portugal em termos de receitas e criação de emprego ?
2 comentários:
É necessário grande cuidado quando se confronta a necessidade de conservação Ambiental com a necessidade de emprego. As maiores aberrações ambientais foram/são realizadas com a justificação da necessidade de aumentar produtividades com prejuízos claros para a saúde dos seus trabalhadores, familiares e vizinhos.
É essencial conservar o ambiente! Todos os dados actuais demonstram que o Homem se auto prejudica com os métodos actuais de produção/outros. No entanto, eu seguramente que não incluiria as barragens, unidades geradoras de electricidade nos factores de maior prejuízo/preocupação para o ambiente. Em alguns aspectos, antes pelo contrário, por exemplo, na essencial conservação de água doce para consumo/rega, etc.
Não conhecendo o local em questão, e não sendo especialista em ambientalismo, nada mais me ocorre sobre o assunto, excepto que desejo que seja tomada a melhor decisão, de forma esclarecida, levando em consideração a solução energética para o desenvolvimento nacional sem comprometer o ambiente actual e dos nossos descendentes. De preferência contribuindo para a melhoria de ambos os factores.
Nuno Maia
Por razões profissionais que não vêm agora ao caso tive a oportunidade de me cruzar recentemente em negócios com um ex-ministro do ambiente de cujo nome não refiro por questões óbvias.
Entre outras coisas pode expressar-me as dificuldades que o seu Ministério sempre teve com lobbies e grupos de interesses, designadamente dos ambientalistas ( disse-me para meu espanto, os obstáculos sempre criados pela Ordem dos biólogos - para além das associações de defesa do ambiente).
Diz esta pessoa que sempre estavam contra tudo o que representava novos projectos de investimento com impacto no desenvolvimento e não só.
Posto isto há que ter bom senso nestes temas das questões ambientais. Se é verdade que preservar o ambiente é preservar o futuro de todos nós e do planeta, também é verdade que existem questões de natureza social, pessoal, económica e de desenvolvimento por vezes mais importantes que as primeiras, pelo facto de , no futuro, o desenvolvimento gerar meios e receitas capazes de cuidar de forma apropriada das questões de natureza ambiental.
É tudo uma questão de custo/beneficio ou do sacrificio de hoje em proveito do amanhã.
Do meu ponto de vista, considero importante e indispensável investir e apostar na energia hídrica em Portugal, uma vez que o país reúne muito boas condições para o aproveitamento da mesma. Sou por isso a favor do Baixo Sabor.
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