Terminou o Campeonato Europeu de Futebol com uma vitória da Selecção Espanhola.
Durante cerca de um mês grande parte dos shares televisivos foram dominados pelas transmissões dos jogos e pelas reportagens antes e depois dos jogos.
A estação detentora dos direitos de transmissão televisiva exclusivos para Portugal, TVI, bateu neste mês de Junho os seus recordes de audiência e de shares televisos, “fintando” o domínio da SportTV que pouco tem de democrático pois a maioria dos Portugueses não tem dinheiro para pagar um valor extra todos os meses para ver a SportTV. A SportTV entre muitas “maldades” ditadas pela lei da economia de mercado, já retirou da vista de muitos portugueses amantes do desporto, diversas competições importantes que nos habituamos a ver durante décadas, tal como o Mundial de Fórmula 1, a mais importante competição automobilística Mundial.
Goste-se ou não do fenómeno futebol, a sua importância é demasiado vasta para ser negligenciada. Poucos são os acontecimentos que conseguem mobilizar tantas pessoas e tantas nações, “prendendo-as” ao pequeno écran durante horas a fio.
O futebol hoje é um fenómeno planetário com dimensão desportiva, económica e social.
A desportiva tem a ver com o jogo propriamente dito, que bem interpretado pelos “nuestros hermanos” possibilitou-lhes provar que vale a pena trabalhar bem e trabalhar em equipa tendo sempre como objectivo principal, o interesse colectivo.
A económica prende-se com todo o “circo” que gira à roda de um Campeonato de Futebol. Desde as receitas de bilheteiras às receitas derivadas das transmissões televisivas para o mundo inteiro, passando pelas receitas da publicidade, temos um autêntico carrossel económico girando em torno deste acontecimento. Também as actividades turísticas saem beneficiadas vendo-se disparar as receitas de operadores de viagens e de hotelaria, e vendo-se aumentar também significativamente as receitas da restauração. Em Portugal todas elas teriam sido bem maiores caso a nossa Selecção fosse mais além, mas infelizmente desta vez não foi. É tempo de aprender com os melhores e este ano os melhores foram os Espanhóis.
Finalmente uma nota à dimensão social do fenómeno futebol. A grande audiência directa ( nos estádios ) e indirecta ( via transmissões televisivas ) são um óptimo veículo para a “passagem” de mensagens de carácter social. O Futebol, embora muitas vezes palco de despropositadas violências, tem procurado cada vez mais ser um espaço de concórdia e tolerância entre os povos. Foi esta a mensagem que a Organizadora da Competição, A UEFA ( União Europeia de Associações de Futebol ) passou ao promover em todos os encontros a mensagem NO TO RACISM ( NÃO AO RACISMO ) que repetidamente foi vista e ouvida ao longo da competição. O veículo futebol, com a sua dimensão planetária, revela-se uma das poucas universais formas de comunicação entre os povos. Diz-se na gíria que a linguagem do futebol é universal. Atrás desta linguagem muitas “pontes” têm sido estabelecidas entre os povos.
Terminou o Euro 2008, teremos em breve outro fenómeno ainda mais Universal, Os Jogos Olímpicos que a martirizada China vai acolher.
Para os amantes do futebol , os olhos começam já a ser postos no Mundial de 2010 que vai ser organizado pela Africa do Sul, naquela que será a primeira competição Mundial de Selecções a ser organizado por um País Africano.
Para os não amantes do futebol, fica a certeza de que poderão descansar largos meses sem terem de ser “absorvidos” pela força do Futebol.
1 comentário:
Em primeiro lugar, Viva La Espanha.
A equipa que melhor jogou em conjunto sem grandes celebridades a viverem no estrelato mas que soube colocar em campo o verdadeiro espirito de equipa: objectivo - ganhar sempre.
Foi a que mais vitórias almejou (sem nenhuma derrota)mais golos marcou, menos golos sofreu. Sendo a mais regular, foi por isso mesmo, Campeã.
Viva igualmente o futebol pela nova faceta que a UEFA pretende impor. O papel solidário e social do futebol - fenómeno de massas. Chamando a atenção para o problema do racismo.
Mas pena é que não "desvie" alguns dos milhões das receitas geradas (qual empresa solidária) para ajudar os mais desfavorecidos - famintos ou pobres, desenraízados ou sem familia, ajudando crianças a ir à escola ou a terem mais do que uma refeição por dia.
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