Caro Otávio
É hoje Portugal, assim como o foi no passado, um país que estabelece pontes. Pontes culturais, económicas, comerciais e humanas. Esta cultura e forma de ser e estar muito própria dos lusitanos e do ser português, confere-nos aquilo que de melhor temos como povo: a capacidade de aculturação (de inturmação) de percepção dos valores, das atitudes e comportamentos dos outros povos, em suma, das outras formas de vida ou de civilidade se quisermos ser mais prosaicos. E sempre assim foi.
Repara no modo e forma como Portugal se integrou na África (a nossa África) e como nela habitou e co-habitou com diversos povos. Depois, desde Timor, Macau, à India. Esta forma de ser português, não fosse a reduzida dimensão em riqueza económica (e um pouco civilizacional acredito) dos dias de hoje, dar-nos-ia uma escala humana diferente (ainda que esta seja genuína). Cultura, ciência e comércio. Foram os motes do passado. Não são os motes do presente. Mas poderão ser os motes do futuro.
E as páginas com Vida da internet, deste universo global, do qual não somos estranhos, são apenas e só, mais uma forma de nos relacionarmos com os outros. Os outros não nos são estranhos. Portugal é uma presença viva nos locais mais remotos. Mas falta-nos uma nova raça de homens e mulheres que nos recoloquem no ADN da nossa genuínidade. Esta foi o que melhor tivemos até hoje.
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