Portugal como Estado aberto a economia global está neste momento a tornar-se num País dualista em que as desigualdades sociais e o fosso entre ricos e pobres é cada vez mais visivel.
É lamentável que um País que deu Mundos ao Mundo e que por natureza é uma Nação Global esteja neste momento a sentir-se incapaz de se integrar na economia global e a perder competitividade económica e social que se reflecte na perda do poder de compra da classe média nos últimos anos.
O erro que tem sido cometido por sucessivos Governos é julgar que o Estado resolve todos os problemas da sociedade e que em matérias em que devia ter eficacia na actuação não estar a ter e deixar o campo livre para áreas em que o sector privado já deu provas que pode fazer melhor.
Hoje em qualquer País com economia aberta a competitividade é baseada no alto desempenho do sector privado e numa regulação do Estado em que o próprio Estado que somos nós todos também é regulado de forma positiva. O que infelizmente cá ainda não acontece.
Em Portugal ainda se confunde muito Estado e interacção com sector privado o que dificulta a existência de uma verdadeira economia social de mercado.
As desigualdades sociais são fruto desse Estado Social de Mercado que ainda é incipiente e que não proteje aqueles que estão desfavorecidos ou em fraqueza social. É prioritário antes de mais definir que Modelo de Estado queremos ter,pois, ser 100% liberal e 100% socialista ao mesmo tempo não acredito que venha a dar muitos resultados. Vide por exemplo o caso de França.
Torna-se por isso urgente todos nós cidadãos responsáveis pensar que Modelo de Estado queremos para Portugal numa era de globalização em que só os mais fortes e aqueles paises com vontade x capacidade conseguirão vencer.
1 comentário:
Caro Alfredo
Defendo eu (e defendemos nós no FRES quando discutimos a temática dos centros de decisão nacionais) a existência de um sector privado forte, eficiente e competitivo, esteja o capital nas mãos de nacionais ou estrangeiros. Neste quadro, os sectores que são estratégicos para o país (defesa, águas, telecomunicações e energia)devem, ainda que possam estar em maior ou menor quota, nas mãos de estrangeiros, ser objecto de uma perfeita regulação para não se cometerem atropelos aos direitos dos cidadãos e ao papel social que a sociedade e o estado devem a todos os cidadãos. Se o sector privado deve ser regulado e bem, pela instituições adequadas para o efeito, ao sector público (ao estado) aplica-se o mesmo modelo, ie.e deve igualmente haver regulação às suas iniciativas (sociais, económicas, que afectam todos os portugueses). MAs quem deve então controlar/ser a entidade reguladora do estado?
Somos nós, a sociedade civil, os movimentos cívicos e as organizações cívicas, os quais devem constituir verdadeiros observatórios da acção do estado. Este é também o papel do FRES.
Um abraço
Enviar um comentário