Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

terça-feira, setembro 12, 2017

Carril

No vil carril da morte tudo acaba
Meninas de olhos nus amordaçados
Recordam o futuro que desaba
O fumo sobe e grita aos céus calados

Regressarás mais forte.



O mote instantâneo, nascido em 12 de setembro, foi glosado em 21 de janeiro do ano seguinte:

Naquele carril da morte tudo acaba
Meninas de olhos nus amordaçados
Lembrando o futuro que desaba
O fumo sobe e grita aos céus calados

O Almo assiste a tanta injustiça
Mas pensa que é forte; até se gaba
Que tudo ele levanta; só enguiça!
Naquele carril da morte tudo acaba

Cordão umbilical da amizade
Desfez-se com a luz de sóis fechados
O escuro é afinal a voz que invade
Meninas de olhos nus amordaçados

Viagem duradoura para cumprir
Destino feito apuro que aldraba
Ausência que desdoura o devir
Lembrando o futuro que desaba

Revolta é o que resta - a alma sente
Pergunta à desdita: que pecados?!
O ar já pouco presta, está doente
O fumo sobe e grita aos céus calados

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