No vil carril da morte tudo acaba
Meninas de olhos nus amordaçados
Recordam o futuro que desaba
O fumo sobe e grita aos céus calados
Regressarás mais forte.
O mote instantâneo, nascido em 12 de setembro, foi glosado em 21 de janeiro do ano seguinte:
Naquele carril da morte tudo acaba
Meninas de olhos nus amordaçados
Lembrando o futuro que desaba
O fumo sobe e grita aos céus calados
O Almo assiste a tanta injustiça
Mas pensa que é forte; até se gaba
Que tudo ele levanta; só enguiça!
Naquele carril da morte tudo acaba
Cordão umbilical da amizade
Desfez-se com a luz de sóis fechados
O escuro é afinal a voz que invade
Meninas de olhos nus amordaçados
Viagem duradoura para cumprir
Destino feito apuro que aldraba
Ausência que desdoura o devir
Lembrando o futuro que desaba
Revolta é o que resta - a alma sente
Pergunta à desdita: que pecados?!
O ar já pouco presta, está doente
O fumo sobe e grita aos céus calados
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