Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

domingo, novembro 15, 2009

Irão abre os braços a Portugal


Com o Ocidente a exercer uma pressão política cada vez maior, o Irão vê-se obrigado a procurar bons negócios a Oriente, sendo Portugal, país com quem já tem 5 cinco séculos de história, a única aparente excepção a Ocidente.

No ano de 2008 Portugal comprou de 286 milhões de euros em energias (sobretudo petróleo) mas o Irão investiu bem menos apenas 29,9 milhões de euros em produtos portugueses, sobretudo maquinaria, madeira e cortiça.

Se por um lado temos acusações ao Irão de violações dos Direitos Humanos, o projecto nuclear iraniano ou os recentes protestos pelas ruas da capital, Teerão (a propósito das últimas eleições presidenciais, nas quais o Presidente Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito), por outro temos visões talvez mais realistas que afirmam que não sendo Portugal um país rico, não se pode dar ao luxo de deixar de fazer negócios com quem quer fazer negócios connosco.

O argumento destes últimos é o de que o dinheiro tem sempre a mesma cor. E se o dinheiro é necessário para a construção de escolas, hospitais, etc, sejam Iranianos ou outro povo qualquer, a pretender os nossos produtos, o melhor é mesmo trabalharmos e produzirmos o que eles quiserem comprar, para crescermos e criarmos mais empregos no nosso país.

Mais uma polémica interessante, que os leitores do blog podem enriquecer com os seus pontos de vista para tentarmos perceber o que de facto é mais importante.

1 comentário:

Mário de Jesus disse...

Creio que temos outros países para onde poderemos e deveremos direccionar todos os nossos esforços de cooperação internacional e esforço de internacionalização. O Irão não é hoje certamente um deles.

Porém como muito bem dizes o dinheiro não tem cor e serve os mesmos propósitos em quase todo o lado.

Mas como os recursos são escassos por cá, importa redefinir, planear e direccionar a estratégia para onde sabemos que iremos obter uma melhor retorno e proveito.

Voltaremos a este tema em breve.