noticia-se que Portugal tem universidades e politécnicos a mais
apoiando-se na seguinte questão:
"Se não vivemos num país rico, como se justifica que em Portugal tenhamos 17,4 estabelecimentos de ensino por cada milhão de habitantes, quando a Espanha, incomparavelmente mais rica, tem apenas sete?"
Para um país ser moderno e competitivo é necessário que esteja “ajustado” à realidade actual, quer seja a realidade nacional, quer seja a realidade mundial.
Para um país ser moderno e competitivo é necessário que esteja “ajustado” à realidade actual, quer seja a realidade nacional, quer seja a realidade mundial.
E como a cada cabeça, corresponde uma sentença, gostava de convidar os leitores deste blog a indicarem o que acham que o país tem a mais, e o que acham que tem a menos.
Podem indicar um só factor, ou vários factores. O importante é que recolhendo diversas opiniões poderemos fazer um pequeno exercício de diagnóstico de como sentimos o evoluir do nosso país.
Toda e qualquer opinião é importante, pois queremos e podemos construir um país melhor, começando por sentir o que todos e cada um de nós acha que está a mais ou a menos no nosso país.
Como exemplo, eu começo por indicar que gostava de ver mais e melhor sinalização rodoviária nas estradas de Portugal.
Agora é a vossa vez…
4 comentários:
Amigo
O que diria é o seguinte:
Existem demasiadas universidades e institutos politécnicos para a população universitária actual e potencial do país.
Existe uma excessiva e exagerada proliferação de cursos de licenciatura sem qualquer aderência às reais necessidades da nação.
E acima de tudo, em muitos deles, uma clara falta de qualidade e desacerto em relação ao que as empresas e demais empregadores procuram.
Mesmo considerando, o que parece um paradoxo, que Portugal tem poucos licenciados em comparação com os nosso parceiros e concorrentes europeus.
É verdade, apenas 11% de nós têm licenciaturas contra, por exemplo, 22% dos espanholitos.
Mas a realidade é a realidade e o mercado de trabalho exige o que exige. Basta verificar o crescente nº de licenciados desempregados que aumentam de ano para ano.
Este é o diagnóstico, puro e duro.
Um abraço
Caro Otavio,
Apontaria uma situação sobre a qual o meu diagnóstico é de que temos de menos em Portugal:
- vontade de "fazer acontecer" tudo aquilo que em geral, neste país, se fica à espera que apareça feito através da introdução de normas, legislação, iniciativas, apoios e subsídios do Governo ou qualquer outra entidade similar.
O Governo existe para aquilo que é óbvio, para governar. E governaria melhor, certamente, se tivesse uma população mais dinâmica, activa e empreendedora por si mesma.
Em Portugal, em vez de termos a expectativa de que o Governo governe, esperamos que ele e os seus Ministérios nos resolvam a crise, nos criem empregos (de preferência aqueles de que cada um de nós gosta mais), indiquem aos pais que devem dar educação aos seus filhos (e não me refiro à educação escolar, mas à educação básica), muitas outras coisas e até, recentemente, nos incentivem a ter filhos, tema a que até o Presidente da Republica deu atenção e pôs de relevo há algum tempo.
Se pensarmos bem, enquanto os tais governantes se preocupam em resolver estas questões, muitas delas base de vida de qualquer cidadão, que depois têm que ser extensamente debatidas porque jamais teremos consenso sobre certos temas, que quantidade de tempo, que qualidade de tempo lhes sobra para o seu verdadeiro objectivo?
Para concretizar os sonhos de cada um, para avançar num mercado que quer ser livre, para empreender e evoluir em sociedade, não podemos ficar à espera que nos digam o que fazer, como fazer e nos legislem as acções. A seguir, não sabemos lidar com a legislação…
E ficamos todos parados, à espera que “eles” façam alguma coisa. E, em geral, ficamos todos muito frustrados porque “eles” nunca fazem aquilo que deviam fazer…
O que eu gostaria de ver: mais iniciativa, mais dinamismo dos cidadãos deste país no sentido de tomar nas suas mãos o seu próprio destino, investir a sua energia para conseguir aquilo que cada um ambiciona.
Muito se consegue quando há vontade!
Um abraço,
Sugeria, aceitando o desafio, e porque acho que para mudar/evoluir o nosso país é preciso a contribuição de cada um de nós, que uma grande parte passasse a "SER" em vez de andarem preocupados em "PARECER SER", e digo grande parte, porque de facto são mais do que se pretendia.
Prezados Mário, Isabel e Maria João,
Concordo com as vossas opiniões. No caso que o Mário aponta, penso que era importante termos uma informação mais disponivel e mais regular sobre os cursos que "formam" desempregados. Não queremos ver os nossos jovens a apostar sistematicamente em "cavalos errados". Isabel, concordo consigo quando diz que muito esperamos que os outros façam, e pouco fazemos para mudar o rumo dos acontecimentos. Aqui no FRES estamos a contrariar diáriamente essa tendência. Damos voz permanentemente a todos os que queiram de forma positiva testemunhar a sua experiência ou dar o seu contributo para irmos, tijolo a tijolo, construindo u Portugal melhor. O facto de estarmos vivemos e em crescimento embora ainda com uma expressão reduzida, leva-nos a crer que estamos no bom caminho. Continuaremos a produzir opiniões e documentos de trabalho que nos ajudarão e aos nossos governantes, a tomar as decisões mais acertadas. Agir é connosco. E respondendo à Maria João, fingir não é connosco. Não precisamos de parecer nada. Não gostamos das atitudes de ilusão ou de fingimento. Pelo uso da sua palavra, dita ou escrita, cada Fresiano está a contribuir para evoluirmos em conjunto com reflexões mútuas e cruzadas sobre um variado número de temas que são relevantes do ponto de vista económico e social. O nosso esforço actual é suficiente ? Não, claro que não. Precisamos de cada vez mais contributos pois não queremos construir o país do FRES, queremos construir o Portugal dos Portugueses e de todos que queiram partilhar connosco de forma honesta e produtiva, a vida neste "cantinho à beira-mar plantado".
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