1. Bill Gates e o Mundo
O criador do império Microsoft, Bill Gates, retirou-se esta sexta-feira da companhia que o converteu num dos homens mais ricos do mundo, num momento de incerteza para o gigante informático, que vive tempos agitados.
Aos 52 anos, William Henry Gates, casado e pai de três filhos, deixa a Microsoft quando é considerado o terceiro homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em 58 mil milhões de dólares (perto de 37 mil milhões de euros), segundo a revista Forbes em 2008.
Bill Gates vai apostar, a partir de agora, em levar por diante projectos humanitários que pôs em marcha através da Fundação Bill e Melinda Gates, instituição de benemerência dedicada à saúde e educação, que recebeu, em 2006, o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional. «Terei quatro vezes mais tempo para rever estratégias sobre o que fazemos na educação, luta contra doenças, agricultura, micro-créditos e as aparições em público terão que ver, na sua maior parte, com a Fundação, assim como as minhas viagens serão para África e a Índia».
Daqui envio os meus votos de sucesso a Bill Gates nestes seus novos desafios. Muitos de nós temos também sonhos filantrópicos mas falta-nos algo que ele tem, dinheiro, muito dinheiro. Este será sempre um dos factores diferenciadores na obtenção de sucesso em projectos de natureza económica ou social. Será no entanto curioso analisar o que realmente podem os poderosos fazer para melhorar a vida dos carenciados.
2. Microsfot e Valores Portugueses
Enquanto isto, a Microsoft anunciou quinta-feira que vai adquirir a empresa portuguesa de tecnologias de computação e comunicações móveis, Mobicomp, e inclui-la num futuro centro de investigação e desenvolvimento orientado para esse sector, que terá sede em Portugal.
Mais uma vez a aposta na qualidade vinga. Dou os meus parabéns aos criadores e promotores da Mobicomp. Deram-nos uma vez mais o exemplo de que apesar de estarmos num país de dimensões reduzidas, podemos e devemos apostar na inovação e na qualidade como factores críticos de sucesso e criadores de valor e riqueza.
Num país desmoralizado com tanta coisa a correr mal em termos económicos e sociais, esta “lufada de ar fresco” pode ser motivadora de novos empreendimentos e novas iniciativas. Julgo que podemos “repescar” o ditado que diz “Grão a Grão, enche a galinha o Papo”.
As oportunidades escasseiam e o mundo está cada vez mais competitivo ? Ok, vamos então responder com iniciativas e acções inteligentes. Podemos não ganhar o céu mas teremos sempre mais hipóteses de inverter tendências negativistas, quando promovermos empresas e projectos com qualidade.
2 comentários:
Como lhe chamou um dos comentadores económicos da nossa praça - trata-se de um efeito (que se quer) de contágio. Como é que uma pequena empresa com 40 trabalhadores e com facturação de 3milhões de euros desperta a atenção do gigante Microsoft? Através do seu talento, das suas competências e da sua capacidade de inovação.
Este sim é um exemplo a seguir em portugal e a dar às multinacionais do conhecimento e da inovação espalhadas por esse mundo. Temos talento e muitas competências. Tanto ou mais que os outros.
Temos ainda o sol e mar quente, as sardinhas e o peixe fresco que os outros não têm.
Só há desenvolvimento com inovação!
Não basta, mas é o ponto de partida.
Nuno Maia
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