Tem-se falado muito no polémico novo acordo ortográfico, tendo um dos movimentos que estão contra este novo acordo, recolhido cerca de 15 mil assinaturas, o que é no mínimo, significativo.
Confesso que ainda não prestei a devida atenção aos argumentos dos defensores do novo acordo, alinhando por enquanto no grupo dos que julgam que este novo acordo vem descaracterizar fortemente o Português de Portugal.
Julgo que a frase título deste artigo não será afectada pelo novo acordo pois, conforme seguidamente explicarei, reflecte, apesar da fonética semelhante, 2 realidades distintas.
Quando falo no primeiro Não há ordem, refiro-me à ordem pública, que está crescentemente a ser afectada por ladrões.
Não sei se os ladrões estão a aumentar exponencialmente mas a avaliar pelas notícias que nos chegam via órgãos de informação e que correm nas “bocas” dos populares, o número de assaltos tem vindo a aumentar assustadoramente.
Os assaltantes resolveram diversificar o tipo de assaltos, perturbando a ordem pública ao cometerem crimes dos mais incríveis que se possam imaginar numa sociedade desenvolvida.
Tenho ouvido recentemente muitas queixas, de diversos pontos da grande Lisboa, referindo-se ao assalto dos marcos do correio. É verdade, os simpáticos e práticos marcos de correio, que tanto nos facilitam a vida, têm sido objecto de um número elevado de assaltos.
Um dos motivos principais destes assaltos é o roubo de cheques e a sua utilização indevida. Apesar do aumento do número de pagamentos por transferência bancária, o cheque continua a ser um meio muito utilizado para particulares e sobretudo empresas, efectuarem os seus pagamentos a fornecedores.
Pois bem ( ou pois mal ), essas cartas que contêm cheques, têm sido furtadas e os assaltantes, mediante a falsificação de carimbos, endossam os cheques e depositam os cheques em suas contas, lesando centenas de pessoas e firmas em milhares de euros.
Mais uma vez pouco se ouve falar de algo tão grave e importante.
Os bancos pouco ou nada podem fazer, pois não têm forma de verificar se um carimbo e assinatura de endosso é verdadeira ou falsa.
Resta-lhes então recomendar aos seus clientes que ao emitirem um cheque à ordem de uma determinada pessoa, acrescentem as palavras não à ordem, o que significa que esse cheque não pode ser endossado, sendo apenas possível o movimento, pela pessoa ou firma à ordem de quem o cheque foi emitido.
Esta é a única forma de precavermos esta situação. Só assim teremos a certeza de que em caso de furto de cheques, o ladrão não poderá fazer uso abusivo do mesmo.
Pela importância social e económica deste aviso, não quis deixar de utilizar o nosso blog para chamar a atenção para este grave problema.
É também um dever cívico do fres, promover boas práticas de cidadania, procurando a defesa dos interesses dos que lutam pelo bem.
Confesso que ainda não prestei a devida atenção aos argumentos dos defensores do novo acordo, alinhando por enquanto no grupo dos que julgam que este novo acordo vem descaracterizar fortemente o Português de Portugal.
Julgo que a frase título deste artigo não será afectada pelo novo acordo pois, conforme seguidamente explicarei, reflecte, apesar da fonética semelhante, 2 realidades distintas.
Quando falo no primeiro Não há ordem, refiro-me à ordem pública, que está crescentemente a ser afectada por ladrões.
Não sei se os ladrões estão a aumentar exponencialmente mas a avaliar pelas notícias que nos chegam via órgãos de informação e que correm nas “bocas” dos populares, o número de assaltos tem vindo a aumentar assustadoramente.
Os assaltantes resolveram diversificar o tipo de assaltos, perturbando a ordem pública ao cometerem crimes dos mais incríveis que se possam imaginar numa sociedade desenvolvida.
Tenho ouvido recentemente muitas queixas, de diversos pontos da grande Lisboa, referindo-se ao assalto dos marcos do correio. É verdade, os simpáticos e práticos marcos de correio, que tanto nos facilitam a vida, têm sido objecto de um número elevado de assaltos.
Um dos motivos principais destes assaltos é o roubo de cheques e a sua utilização indevida. Apesar do aumento do número de pagamentos por transferência bancária, o cheque continua a ser um meio muito utilizado para particulares e sobretudo empresas, efectuarem os seus pagamentos a fornecedores.
Pois bem ( ou pois mal ), essas cartas que contêm cheques, têm sido furtadas e os assaltantes, mediante a falsificação de carimbos, endossam os cheques e depositam os cheques em suas contas, lesando centenas de pessoas e firmas em milhares de euros.
Mais uma vez pouco se ouve falar de algo tão grave e importante.
Os bancos pouco ou nada podem fazer, pois não têm forma de verificar se um carimbo e assinatura de endosso é verdadeira ou falsa.
Resta-lhes então recomendar aos seus clientes que ao emitirem um cheque à ordem de uma determinada pessoa, acrescentem as palavras não à ordem, o que significa que esse cheque não pode ser endossado, sendo apenas possível o movimento, pela pessoa ou firma à ordem de quem o cheque foi emitido.
Esta é a única forma de precavermos esta situação. Só assim teremos a certeza de que em caso de furto de cheques, o ladrão não poderá fazer uso abusivo do mesmo.
Pela importância social e económica deste aviso, não quis deixar de utilizar o nosso blog para chamar a atenção para este grave problema.
É também um dever cívico do fres, promover boas práticas de cidadania, procurando a defesa dos interesses dos que lutam pelo bem.
5 comentários:
Caro Otávio
Excelente a tua visão e percepção da realidade com a clareza que te caracteriza. São de facto estes os pequenos, simples mas os reais elementos da vida em sociedade que consegues observar como ninguém e que compõem a nossa vivência do dia-a-dia. A isto chama-se de facto cidadania, a qual é isto mesmo: fenómenos e factos da vida em sociedade. Uns bons, outros infelizmente maus. Em qualquer caso temos que estar atentos, pois é esse o nosso papel e desta vivência podemos ser vitimas ou herois.
Caro Octávio,
Quanto ao acordo ortográfico, o Português exclusivo de Portugal, expirou em 1415, com a conquista de Ceuta, na dinastia do Mestre de Avis (Dom João I). Este iníciou a exploração dos Novos e Antigos Mundos através de Rotas marítimas desbravadas por exploradores Portugueses.
Esta odisseia de dimensão planetária, única na sua época, sem percedente similar conhecido, de qualquer outra nação, associada aos tratados com os reis de Castilha, o de Alcáçovas (1479) e o de Tordesilhas (1494) (este último firmado com o acordo do Papa) transformaram Portugal no país mais "golbal", num período lacto que se estendeu até cercad de 1580, bem mais de cem anos depois. Desde então, a missões Portuguesas às colonias estabelecidas e aos portos amigos, levaram consigo, entre outros, a nossa Língua, tecnologia, comércio e ideais (cultura e religião). Foi nosso objectivo e trabalho árduo de alguns difundi-las para serem bens comuns facilitadores das relações entre os povos. Estranho seria agora, cerca de 500 anos depois, terminado o colonialismo, atingido esse objectivo cultural que rejeitássemos o desenvolvimento e a partilha desse bem comum, propriedade de todos os que a utilizam!
A lingua, Português é de todos aqueles que a adoptaram! À data de hoje não existem proprietários preferenciais do Português, além daqueles que a praticam, e esses rondam os 200 milhões e partilham entre outros aspectos culturais, a Língua.
Nuno Maia
Concordo com o Nuno
O Português é uma língua do Mundo, uma língua Universal, das mais universais até hoje conhecidas. Em 1494 só tinha igual concorrente com as diversas linguas que do Reino de Espanha provinham e mesmo estas, por tão diversas, com a nossa não estabeleciam qualquer relação de força. O mundo estava dividido em dois. Da língua dominio havia, incontestado do português. Passados hoje mais de 500 anos, a nossa língua é um dos legados e dos valores mais importantes e talvez a maior bandeira desta nação lusitana à beira mar plantada. Quiçá, a maior riqueza da nação.
Olá a todos, relativamente à mensagem que vamos espalhando de termos cuidado e alertarmos tantas pessoas quanto possivel do uso seguro dos cheques, penso que a missão está a ser cumprida. Quanto à primeira parte em que faço uma pequena abordagem do acordo ortográfico mas que se revelou ser um tema também ele bastante interessante, transcrevo a resposta que obtive de uma professora com largos anos de experiência. Aqui vai
" a propósito do acordo ortográfico...talvez vás ficar chocado com o que te escrevo a seguir, mas...não te zangues comigo, sim?
Pois o tema é polémico; o verbo haver continua a ter [h]; se reparares, o tipo de acento é diferente. A meu ver, muito modestinho, para se falar do acordo é necessário conhecer o texto que ele assumiu em Dakar 2004 e tb saber do conteúdo do 2ª protocolo modificativo.
Qual põe em causa o Português de Portugal! Se não se permitir que a Língua se modifique, acontecer-lhe-á o que sucedeu ao Latim: será uma língua morta. É ao nível internacional que o Português, entenda-se língua, tem que se impor e só o poderá fazer se se renovar.
Quanto à possível perda de identidade, este país, maioritariamente de iletrados e ignorantes, não é o primeiro a cuidar da sua Língua, nem da escrita, nem da oral. A comuniçaão social, entidade de peso na matéria, dá-lhe pontapés certeiros e diários. Logo, este argumento é ingénuo.
Se concordo com o Acordo ortográfico? (olha que ele não é tão novo assim, vem de 1990, ratificado em 1991) - O mais possível, nem que prevaleçam os interesses económicos, mas que farão dessa língua uma língua mais unificada, para os países da CPLP e destes para o Mundo. Editores e livreiros terão prejuízo? E quanto tempo tiveram de lucro e de monopólio? Podem os nossos livros ser impressos de formas menos custosa para o comprador em países da CPLP? Ora, então que o AO aconteça! Ficarei muito grata por isso!
Em termos da minha profissão, todos escreverão do mesmo modo, logo, aquando da minha avaliação, serei uma Profesosra de sucesso! Achas que não o deva desejar??
Pois, mais do que dizer Não Há acordo ou não ao acordo, diga-se sim ao Acordo ortográfico, que já tarda! Será ótimo reaprender a escrever!"
Fim de citação
Caro Octávio,
Um acordo ortográfico (AO) sobre a Língua de um Povo tem de ser sempre um tema interessante, motivo de discórdia e consequente discussão, algo de muito preocupante se passaria se assim não fosse. Trata-se provavelmente do pilar mais abrangente da sua identidade e logo também de unidade nacional. Dentro deste contexto, e dado que actualmente a revisão do AO não é de âmbito nacional, abrange os países da CPLP, muito estranharia que não existissem ainda mais opositores ao acordo. Também Eu, estimo muito esta nossa Língua, entendo-a como um bem comum, motivo mais do suficiente para me esforçar na sua defesa. Conseguir identificar as múltiplas verdadeiras razões da oposição/acordo, seria verdadeiramente revelador! Ponderando de memória alguns dados estatísticos nacionais, estimo que a maioria dos opositores ao AO sejam de teor cultural, não erudito.
As minhas razões para aceitar o AO, sem precisar de conhecer o seu conteúdo na totalidade, repito-as abaixo. Faço-o porque a redacção anterior continha alguns erros que identifiquei e corrigi, e gostaria de saber se o sentido e valor da comunicação se alteraram (para além do rigor na prática do Português “actual”)?
“Quanto ao acordo ortográfico, o Português exclusivo de Portugal, expirou em 1415, com a conquista de Ceuta, na dinastia do Mestre de Avis (Dom João I). Este iniciou a exploração dos Novo e Antigo Mundo através de Rotas marítimas desbravadas por exploradores Portugueses.
Esta odisseia de dimensão planetária, única na sua época, sem precedente similar conhecido, de qualquer outra nação, associada aos tratados com os reis de Castela, o de Alcáçovas (1479) e o de Tordesilhas (1494) (este último firmado com o acordo do Papa) transformaram Portugal no país mais "global", num período lato que se estendeu até cerca de 1580, bem mais de cem anos depois. Desde então, a missões Portuguesas às colónias estabelecidas e aos portos amigos, levaram consigo, entre outros, a nossa Língua, tecnologia, comércio e ideais (cultura e religião). Foi nosso objectivo e trabalho árduo de alguns difundi-las para serem bens comuns facilitadores das relações entre os povos. Estranho seria agora, cerca de 500 anos depois, terminado o colonialismo, atingido esse objectivo cultural que rejeitássemos o desenvolvimento e a partilha desse bem comum, propriedade de todos os que a utilizam!
A Língua, Português é de todos aqueles que a adoptaram! À data de hoje não existem proprietários preferenciais do Português, além daqueles que a praticam, e esses rondam os 200 milhões e partilham entre outros aspectos culturais, a Língua.”
Quanto à comunicação de professora com “largos anos de experiência” que transcreveste, fico agradecido pela mesma. Não exclusivamente por esta concordar com a “renovação” do Português, mas também por ser provavelmente uma professora de Português que defende a Língua pelos seus objectivos semânticos, razão fundamental para a existência de qualquer forma de comunicação, e fá-lo com satisfação e entusiasmo.
Nuno Maia
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