Li hoje na net a seguinte notícia:
Lusíada debate papel da comunicação social na educação
Jornalistas, professores e estudantes debatem hoje, na Universidade Lusíada, em Famalicão, a importância da comunicação social na educação.
«De uma forma geral, as pessoas não têm espírito crítico para fazerem uma selecção da verdade na informação que lhes é fornecida quotidianamente», disse hoje à Lusa, Rosa Moreira, a reitora do pólo de Famalicão da Lusíada.
Por isso, acrescentou, «a influência dos órgãos de comunicação social na formação de cidadãos» é o ponto de partida para o debate desta noite.
«Há pessoas que vivem adormecidas com o que lhes é dado pela comunicação social, sem espírito crítico e sem discernir o que é real e o que é ficção», sustentou a reitora.
Daniel Proença de Carvalho, José Carlos Vasconcelos, Laurinda Alves, Carlos Magno e Mário Zambujal são os convidados deste debate, que vai decorrer sob o tema «Os média na educação e a educação dos média».
O jornalista Luís Miguel Viana, director de Informação da agência Lusa, será o relator final das conclusões.
( fim de citação da notícia )
A acreditar na ideia de que os órgãos de comunicação social constroem uma realidade, que a maioria da população absorve como certa, mesmo não o sendo, estaremos na presença de mais uma perversão da missão da comunicação social.
Sempre fui um apaixonado pela comunicação social em geral e pelo jornalismo em particular, talvez pelo enorme poder que os órgãos de comunicação social têm sobre as pessoas. Poder que deveria, quanto a mim, ser acompanhado de responsabilidade.
Ora se há quem acredite que «Há pessoas que vivem adormecidas com o que lhes é dado pela comunicação social, sem espírito crítico e sem discernir o que é real e o que é ficção», poderemos estar em presença não de uma comunicação social que ajuda a formar pessoas, mas de uma comunicação social que faz um uso abusivo do seu poder, manipulando as informações que veicula, contribuindo afinal para uma deformação das pessoas.
Com pena não pude assistir a este interessantíssimo debate, enriquecido por um ilustre painel de convidados.
Não sei como poderei ter acesso às conclusões do mesmo, mas julgo que seria interessante abordarmos este tema, importante e transversal à nossa sociedade.
Lusíada debate papel da comunicação social na educação
Jornalistas, professores e estudantes debatem hoje, na Universidade Lusíada, em Famalicão, a importância da comunicação social na educação.
«De uma forma geral, as pessoas não têm espírito crítico para fazerem uma selecção da verdade na informação que lhes é fornecida quotidianamente», disse hoje à Lusa, Rosa Moreira, a reitora do pólo de Famalicão da Lusíada.
Por isso, acrescentou, «a influência dos órgãos de comunicação social na formação de cidadãos» é o ponto de partida para o debate desta noite.
«Há pessoas que vivem adormecidas com o que lhes é dado pela comunicação social, sem espírito crítico e sem discernir o que é real e o que é ficção», sustentou a reitora.
Daniel Proença de Carvalho, José Carlos Vasconcelos, Laurinda Alves, Carlos Magno e Mário Zambujal são os convidados deste debate, que vai decorrer sob o tema «Os média na educação e a educação dos média».
O jornalista Luís Miguel Viana, director de Informação da agência Lusa, será o relator final das conclusões.
( fim de citação da notícia )
A acreditar na ideia de que os órgãos de comunicação social constroem uma realidade, que a maioria da população absorve como certa, mesmo não o sendo, estaremos na presença de mais uma perversão da missão da comunicação social.
Sempre fui um apaixonado pela comunicação social em geral e pelo jornalismo em particular, talvez pelo enorme poder que os órgãos de comunicação social têm sobre as pessoas. Poder que deveria, quanto a mim, ser acompanhado de responsabilidade.
Ora se há quem acredite que «Há pessoas que vivem adormecidas com o que lhes é dado pela comunicação social, sem espírito crítico e sem discernir o que é real e o que é ficção», poderemos estar em presença não de uma comunicação social que ajuda a formar pessoas, mas de uma comunicação social que faz um uso abusivo do seu poder, manipulando as informações que veicula, contribuindo afinal para uma deformação das pessoas.
Com pena não pude assistir a este interessantíssimo debate, enriquecido por um ilustre painel de convidados.
Não sei como poderei ter acesso às conclusões do mesmo, mas julgo que seria interessante abordarmos este tema, importante e transversal à nossa sociedade.
4 comentários:
O problema da comunicação social é que temos muitos jornalistas de péssima e duvidosa qualidade, muita inexperiência, outros não qualificados para acompanhar e redireccionar da forma adequada, clara, verdadeira e correctamente as notícias (e aqui quero cingir-me específicamente ao jornalismo temático por exemplo - economia, política, empresarial ou outros).
Por outro lado o fenómeno da concorrência quer televisiva (mas em especial esta) mas de igual forma observada entre as variadas publicações jornalisticas de imprensa escrita, leva a uma dimensão da notícia pouco consensual, real e credível ou verdaderamente relevante. Antes assistimos a uma programação ou divulgação baseada no choque, na tragédia, na politiquice, na vaidade, na focalização em factos saloios, espampanantes, da intriga e do veneno que em nada abona a favor nem da comunicação social nem dos jornalistas (sejam eles televisivos ou da imprensa escrita). Disse uma vez Marçal Grilo, ex Ministro da Educação num dos livros que já levei ao FRES que, com esta televisao, o país, os cidadãos, as familias e os jovens não evoluem e não vão a lado nenhum.
Pergunto, que revistas portuguesas de verdadeira qualidade temos editadas? Temos a Visão ou a Sábado (apenas generalistas que escrevem sobre tudo) mas de carater ciêntifico como perguntei na última reunião do FRES? Pessoalmente não conheço nenhuma. E publicações de fundo (não necessáriamente ciêntificas mas que permitam abranger e integrar artigos temáticos de fundo com adequada fundamentação? Praticamente nenhuma, pessoalmente, apenas conheço os Cadernos de Economia e esta é quase especíicamente dirigida a economistas. E os juristas, os engenheiros, os médicos, os biólogos? Neste contexto em Portugal, nada têm ao seu dispor. Antes tivemos a Economia Pura e a Gestão Pura, excelentes, que entretanto encerraram. Hoje em dia temos grande dificuldade em publicar um bom trabalho mais académico (mas não ciêntifico) e não sabemos onde. Por isso devemos aguardar com grande expectativa (em especial os interessados em aprofundar estas matérias do pensamento e da reflexão escrita) pelas revistas da Scientific Knowledge Foundation.
Caros Octávio e Mário,
O fim de uma dúvida não é uma certeza!
Entre várias observações possíveis, deixo-vos duas notas de que me lembrei sobre esta vossa abordagem deste vasto e interessantíssimo tema que trouxeram a debate.
1º Acreditar, ou não, naquilo que nos transmitem é realmente um desafio tremendo! Tudo o que seja efectivamente relevante tem de ser analisado. Num dos expoentes máximos de influência daquilo que nos transmitem, está por exemplo o conteúdo programático do ensino, em especial o ensino a infantis e juvenis das disciplinas não científicas (não demonstrativo). Ao longo da história conhecida, tem-se demonstrado que algumas das coisas que são apresentadas de forma paradigmática, peremptória se altera com o conhecimento da verdade, em particular com a sua demonstração. Salvo nos casos de erros inocentes, regra geral por detrás de uma informação falsa existe sempre uma motivação (Económica, Cultural, Religiosa, Diplomáticas, Outras). Exemplo “fresco” (+ de 500 anos): Como é do vosso conhecimento, para mim havia uma explicação incompleta na ligação de dois “factos” da maior importância na história de Portugal e nos casos em particular, também Ibéricos e Mundial. Os factos em questão são o “Tratado de Tordesilhas” de 1994, e o “Descobrimento do Brasil” de 1500. A dúvida é a incoerência das datas, aliada ao conteúdo do tratado, seus antecedentes e a um comentário que ouvi de uma descendente do povo Inca de Valparíso, actual Chile “os primeiros a chegar foram os Portugueses”. Discuti e inquiri o assunto com os que privam comigo e mostraram algum interesse sobre o tema e em termos genéricos as respostas assumiram apenas duas formas que passo a resumir: 1º Eu até estudei o assunto com profundidade e o descobrimento do Brasil aconteceu efectivamente em 1500!; 2º Eu conheço o assunto, acho pertinente a tua dúvida mas não existem quaisquer provas do que afirmas, trata-se apenas de uma suspeita infundada, logo o Brasil foi descoberto em 1500, por Pedro Alvarez Cabral! Serve portanto o presente para vos informar que a prova de que o Brasil foi descoberto antes, pela Armada Portuguesa, existe, foi redigida com extrema reserva e proibida de ser copiada devido a razões óbvias da época… felizmente conseguiu chegar até aos nossos dias. Tomei conhecimento dela através da leitura do livro “500 anos do Funchal” de Rui Carita, Professor Catedrático da Madeira, que recomendo, obviamente. Depois disso já encontrei outras referências ao mesmo escrito e dou por esclarecida essa dúvida. Esta falsa informação foi instaurada de propósito, por motivos de segurança e outros interesses Nacionais, publicamente e pomposamente expressa por D. Manuel, na data em que entendeu que era adequado/necessário anunciar a descoberta do Brasil. Este facto pode parecer de menor importância mas seguramente que não o é, por inúmeras razões. Uma das razões do interesse deve-se a uma consequente dúvida, também relacionada com o conhecimento comum, veiculado mundialmente: Quem descobriu a América…foi Cristóvão Colombo!? Ou António Leme, ou Rui Leme! Ou Duarte Pacheco Pereira, ou outro!? Depois deste esclarecimento ficou legitimada e reforçada esta dúvida.
2.º Escreve-se o que se quiser, publica-se o que se vende! Portanto o que se publica é aquilo que é mais expectável de gerar audiências/público, é um negócio e não um acto erudito. A revista mais vendida em Portugal ainda é a “Maria”. Que me perdoe o Sr. Dr. Mário de Jesus, se o lembrei do incontornável Marketing. (Nota: A Ordem dos engenheiros publica na sua revista periódica artigos científicos de elevado valor. No entanto, até prova em contrário, a revista só é viável economicamente porque é um produto sustentado pela cotização dos Membros da Ordem dos Engenheiros.)
Nuno Maia
Caríssimo Nuno
Fiquei encantado com o tema da tua dissertação sobre a grande dúvida (se calhar uma das grandes dúvidas e questões do Milénio) a autoria e data da descoberta do Brasil e das Américas (designadamente sobre a nacionalidade de Cristóvão colombo)versus a data do tratado de Tordesilhas. Creio ser um tema merecedor, sinceramente, de um grande e alargado debate no FRES em ambiente apropriado. Sou tendente a acreditar na tua versão porque de facto os acontecimentos ocorridos versus as datas dos acontecimentos tenderão a não fazer total sentido. Ainda hoje é para alguns um mistério por exemplo a nacionalidade de Cristóvão Colombo: Português? Genovês?
Já quanto à questão das publicações verdadeiramente credíveis em Portugal, no meu ponto de vista julgo que não há muitas (antes pelo contrário há poucas e não em nº adequado a quem pretenda produzir trabalhos de uma certa profundidade e qualidade) - apenas existem revistas que abordam temas de forma superficial e resumida, o que acontece de igual forma em muitos jornais de maior tiragem e representação nacional.
Acredito e sei que a revista da Ordem dos Engenheiros tem alguma qualidade, digo alguma, como tem igualmente alguma qualidade a revista da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Economistas - como já fiz referência aos cadernos de economia). Porém, nenhuma delas é uma revista de caracter ciêntifico, antes são apenas revistas de opinião/divulgação que, quanto muito, revelam e publicam sínteses de temas e assuntos que podem fazer parte de artigos mais profundos ou de natureza ciêntifica. E infelizmente que assim é...
Caro Mário,
Efectivamente, após a leitura de "500 anos do Funchal" de Rui Carita, e pesquisas posteriores às referências bibliográficas de suporte a dúvida passa a ser quem e quando se descobriu a América. Claro fica que foi antes da expedição de Cristóvão Colombo. Quanto à nacionalidade de Cristóvão Colombo, Rui Carita também a esclarece, é genovês casado com portuguesa, natural da Madeira, onde habitam durante alguns anos e toma conhecimento de terras a ocidente, em conversações com Portugueses. Aceitando esta parte do texto não claramente fundamentada em documentos, conclui-se facilmente que não foi ele o primeiro a descobrir a América.
O Terramoto de 1755, destruiu grande parte da biblioteca Nacional, Torre do Tombo, e assim perdeu-se grande parte da documentação dos registos dos períodos dessa época. Dos salvados sobraram poucos documentos. Aparentemente, Rui Carita suportará grande parte da suas afirmações em documentos conservados na Madeira e em Évora.
Nuno Maia
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