Deveremos andar estatisticamente felizes por o número do desemprego baixar umas décimas ?
Há 3 semanas lia-se nas notícias que
“ Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que no quarto trimestre do ano passado a taxa de desemprego caiu uma décima para os 7,8%, e o número de desempregados atingia os 439,5 mil.”
Analisando estes números isoladamente até não parece muito mau. Mas numa altura em que aumentam o número de falências, com os sectores tradicionais de comércio e indústria a perderem dezenas de milhares de empregos, esta relativa “estabilidade” dos números do desemprego podem ter outras explicações.
Sendo um desafio interessante para os apaixonados da estatística, aqui fica a seguinte ideia:
- Porque não estudar a correlação entre a evolução do número de desempregados e a emigração no período dos 2 ou 3 últimos anos ?
Hoje li a seguinte notícia:
“ Portugueses em Espanha
Emigração para o país vizinho aumentou 40% em 2007
O número de portugueses a viver em Espanha aumentou mais de 40 por cento no ano passado. Madrid e a Galiza são as zonas preferidas de quem resolve emigrar e já são mais de 100 mil os que residem para lá da fronteira. “
fonte:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20080303_Portugueses+em+Espanha.htm
Se a Economia Espanhola e outras, como por exemplo as do Reino Unido, França e Suíca, continuarem a absorver os nossos desempregados a um bom ritmo, os números manter-se-ão em níveis estatisticamente satisfatórios.
É claro que isso será mais uma vez fruto dos sacrifícios de milhares de compatriotas nossos que, não acreditando mais no futuro do nosso país, rumam a velhos destinos, onde o valor do trabalho parece (ainda ) ser reconhecido.
Os que cá ficam, deveriam estar atentos.
Há 3 semanas lia-se nas notícias que
“ Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que no quarto trimestre do ano passado a taxa de desemprego caiu uma décima para os 7,8%, e o número de desempregados atingia os 439,5 mil.”
Analisando estes números isoladamente até não parece muito mau. Mas numa altura em que aumentam o número de falências, com os sectores tradicionais de comércio e indústria a perderem dezenas de milhares de empregos, esta relativa “estabilidade” dos números do desemprego podem ter outras explicações.
Sendo um desafio interessante para os apaixonados da estatística, aqui fica a seguinte ideia:
- Porque não estudar a correlação entre a evolução do número de desempregados e a emigração no período dos 2 ou 3 últimos anos ?
Hoje li a seguinte notícia:
“ Portugueses em Espanha
Emigração para o país vizinho aumentou 40% em 2007
O número de portugueses a viver em Espanha aumentou mais de 40 por cento no ano passado. Madrid e a Galiza são as zonas preferidas de quem resolve emigrar e já são mais de 100 mil os que residem para lá da fronteira. “
fonte:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20080303_Portugueses+em+Espanha.htm
Se a Economia Espanhola e outras, como por exemplo as do Reino Unido, França e Suíca, continuarem a absorver os nossos desempregados a um bom ritmo, os números manter-se-ão em níveis estatisticamente satisfatórios.
É claro que isso será mais uma vez fruto dos sacrifícios de milhares de compatriotas nossos que, não acreditando mais no futuro do nosso país, rumam a velhos destinos, onde o valor do trabalho parece (ainda ) ser reconhecido.
Os que cá ficam, deveriam estar atentos.
Estamos ainda longe do cenário de um ex-presidente do Brasil quando disse
“ O nosso país está à beira do abismo, mas vamos dar um grande passo em frente”.
Não é no entanto um exagero, alertar para o facto de os sinais de abrandamento da nossa economia ( sobretudo das milhares de pequenas e médias empresas que estão a travar lutas dramáticas pela sobrevivência ) começarem a ser muito fortes.
“ O nosso país está à beira do abismo, mas vamos dar um grande passo em frente”.
Não é no entanto um exagero, alertar para o facto de os sinais de abrandamento da nossa economia ( sobretudo das milhares de pequenas e médias empresas que estão a travar lutas dramáticas pela sobrevivência ) começarem a ser muito fortes.
1 comentário:
Estimado Otávio
Procurei dar resposta às tuas reflexões através de um artigo que escrevi e que procurarei publicar em breve na imprensa escrita. Posteriormente fá-lo-ei também aqui no nosso Blog. No entanto quero apenas referir que mais uma vez exprimiste com brilhantismo e mestria a situação vigente. Isto é, vivemos num estado de coisas que nos leva a ser pouco ou nada exigentes e a nos satisfazermos com pouco. Os nºs podem ser positivos e sê-lo-ão sem dúvida, mas queremos mais...muito mais. Sobre a fuga de cérebros, o tema do meu artigo chama-se simplesmente o Talento em Portugal.
Abraço
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