Um exemplo: A Islândia.
Um pequeno país (um pouco apenas maior que Portugal) onde 11% do território é coberto por glaciares. Grande parte coberta por gelo. População de 305 mil habitantes. O PIB per capita está 19% acima da média da UE e 28% acima da média dos países da OCDE. Representa 80 vezes o PIB per capita português! Gente produtiva e culta (30% com ensino superior). O facto de ser pequeno e sem recursos naturais e rquezas para além da pesca, não o impede de ser um dos mais prósperos. É certo que a dimensão populacional ajuda.
O que se distingue? Comportamento cívico, educação, cumprimento de regras e sentido de união e participação. Preocupação com o futuro e com as gerações vindouras. Preocupação com o legado futuro. Tudo é levado a sério porque tudo a todos diz respeito.
Em Portugal, assistimos à ausência de disciplina, sentido cívico e de participação. Pese embora termos tudo aquilo que a Islândia não tem em termos naturais, físicos ou geográficos. Apesar de tudo somos mais centrais na Europa, temos sol, gastronomia e turismo. Mas falta-nos a atitude. Tudo se resume à atitude. Porque os problemas da educação não são culpa deste ministério apenas, os professores são co-responsáveis pelo estado das coisas. Porque na justiça os magistrados e juízes são co-responsáveis pelo estado das coisas. Porque na saúde não é apenas o ministro que falha. Os médicos são co-responsáveis pelo estado das coisas. Porque é sempre mais fácil o queixume e repassar as culpas para os outros. Para aquele alguém que normalmente é o Estado ou o Governo, esquecendo-nos que o Estado somos todos nós e que o Governo fomos nós que o elegemos.
Não sei se somos uma geração rasca (nunca tive tantas dúvidas ) mas somos certamente uma geração à rasca pois ainda não nos encontrámos. E estamos já ou muito perto dos 40 ou já acima dos 40. Por muito paleio político que assistimos à nossa volta, os problemas persistem, o atraso mantém-se, as fraquezas cá estão e da cauda desta Europa não saímos. Este é o legado aos nossos filhos?!!
Aqui neste espaço alguns de nós saem por detrás da moita e afirmam-se, gritando alto com as armas que dominamos: a palavra e a escrita. Como na rábula do Otávio "fazemos a nossa parte". Outros ainda se mantêm por detrás da moita. Será, estou em crer, uma questão de tempo e de coragem. Necessidade de ajuda do Grupo ao seu aparecimento e afirmação. Muitos concordam outros não. Mas acreditar nisto ou não distingue as atitudes. Como está filosoficamente classificado, somos o país da "não inscrição". No FRES remamos contra a maré - lugar comum mas verdadeiro - pois não conheço ainda igual. Certamente haverá melhor, mas diferente do que somos e fizemos. Isto é o que temos ouvido. Mas não chega e é ainda muito pouco.
Um pequeno país (um pouco apenas maior que Portugal) onde 11% do território é coberto por glaciares. Grande parte coberta por gelo. População de 305 mil habitantes. O PIB per capita está 19% acima da média da UE e 28% acima da média dos países da OCDE. Representa 80 vezes o PIB per capita português! Gente produtiva e culta (30% com ensino superior). O facto de ser pequeno e sem recursos naturais e rquezas para além da pesca, não o impede de ser um dos mais prósperos. É certo que a dimensão populacional ajuda.
O que se distingue? Comportamento cívico, educação, cumprimento de regras e sentido de união e participação. Preocupação com o futuro e com as gerações vindouras. Preocupação com o legado futuro. Tudo é levado a sério porque tudo a todos diz respeito.
Em Portugal, assistimos à ausência de disciplina, sentido cívico e de participação. Pese embora termos tudo aquilo que a Islândia não tem em termos naturais, físicos ou geográficos. Apesar de tudo somos mais centrais na Europa, temos sol, gastronomia e turismo. Mas falta-nos a atitude. Tudo se resume à atitude. Porque os problemas da educação não são culpa deste ministério apenas, os professores são co-responsáveis pelo estado das coisas. Porque na justiça os magistrados e juízes são co-responsáveis pelo estado das coisas. Porque na saúde não é apenas o ministro que falha. Os médicos são co-responsáveis pelo estado das coisas. Porque é sempre mais fácil o queixume e repassar as culpas para os outros. Para aquele alguém que normalmente é o Estado ou o Governo, esquecendo-nos que o Estado somos todos nós e que o Governo fomos nós que o elegemos.
Não sei se somos uma geração rasca (nunca tive tantas dúvidas ) mas somos certamente uma geração à rasca pois ainda não nos encontrámos. E estamos já ou muito perto dos 40 ou já acima dos 40. Por muito paleio político que assistimos à nossa volta, os problemas persistem, o atraso mantém-se, as fraquezas cá estão e da cauda desta Europa não saímos. Este é o legado aos nossos filhos?!!
Aqui neste espaço alguns de nós saem por detrás da moita e afirmam-se, gritando alto com as armas que dominamos: a palavra e a escrita. Como na rábula do Otávio "fazemos a nossa parte". Outros ainda se mantêm por detrás da moita. Será, estou em crer, uma questão de tempo e de coragem. Necessidade de ajuda do Grupo ao seu aparecimento e afirmação. Muitos concordam outros não. Mas acreditar nisto ou não distingue as atitudes. Como está filosoficamente classificado, somos o país da "não inscrição". No FRES remamos contra a maré - lugar comum mas verdadeiro - pois não conheço ainda igual. Certamente haverá melhor, mas diferente do que somos e fizemos. Isto é o que temos ouvido. Mas não chega e é ainda muito pouco.
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