Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

quinta-feira, novembro 30, 2006

Um nome a reter

Nasceu numa família de agricultores pobres. Eram seis irmãos que dormiam todos numa divisão de uma pequeníssima casa. Mas havia alegria e criatividade na escassez.

AC detestava a rotina, vivia distraído, desconcentrado, desligado da realidade das dificuldades dos pais que contrastavam com a grandeza dos seus sonhos. O pai tinha um problema cardíaco. AC sonhou ser médico e também cientista. Desejava descobrir coisas que ninguém pesquisara, desvendar enigmas ocultos. Estes sonhos contrastavam com a pouca vontade de estar na escola.

AC era sociável e afectivo mas claramente irresponsável. Gostava de festas e poucos compromissos. Tinha um amigo com o qual fazia serenatas de madrugada com um violão, mas as raparigas nunca acendiam a luz do quarto porque nem ele nem o amigo sabiam tocar e o som era péssimo.

Chegou um momento em que AC deixou de brincar com a vida e resolveu levá-la a sério. Estudava mais de 12 horas por dia para entrar na faculdade de Medicina. No início tinha vertigens e sentia-se tonto mas a palavra desistir não existia no seu dicionário. Entrou na faculdade de Medicina.

Na faculdade, parecia um jovem alienado. Não tinha boa memória, mas tinha uma apurada capacidade de observação e um desejo de criar coisas originais. Por vezes discordava dos professores. Era crítico, tinha coragem para pensar e ousadia para ser diferente.

Entre o segundo e terceiro ano da faculdade teve uma depressão. Era a última coisa que todos pensavam que ele poderia ter. Com medo de não ser compreendido, escondeu a sua crise de amigos e íntimos. Na entendia o que era uma depressão, só que sentia uma profunda tristeza e aperto no peito. Sentia-se isolado.

AC percebeu que estava a sufocar o seu sonho de ser cientista e de ajudar a humanidade e foi isso que o fez empreender uma luta interior, em vez de se conformar. AC descobriu que “quando o mundo nos abandona, a solidão é superável, mas, quando nós mesmos nos abandonamos, a solidão é quase insuperável”.

Com este acidente, AC tornou-se um grande observador de si próprio. Desenvolveu uma técnica psico-terapêutica revolucionária (a mesa redonda do eu) e saiu da depressão mais forte, humilde e compreensivo. Os seu sonhos voltaram e cresceram. Descobriu que “a dor nos pode destruir ou construir. Ele preferiu usá-la para se construir”.

AC descobriu que treinar o “eu” para ser líder de si mesmo é fundamental para a saúde psíquica e deparou-se com o paradoxo do sistema social – “que ser humano é esse que governa o mundo exterior mas é frágil para governar o mundo psíquico?” Quando AC se tornou psiquiatra passou a aplicar as técnicas que desenvolveu neste momento. “Todo o ser humano tem um poder intelectual represado sob os destroços das suas dificuldades, perdas, doenças e actividade profissional. Felizes os que os libertam.”

AC casou-se ainda estudante e passou dificuldades financeiras. Depois de terminar o curso, procurou uma faculdade e um cientísta para expor as suas ideias – foi humilhado. Procurou noutra faculdade e ao revelar que a sua tese não tinha tido orientador foi ainda mais humilhado. Mal sabiam que ele escrevera de maneira diferente da que lhe tinham ensinado. Ao tentar publicar os seus estudos, nem sequer obteve resposta das editoras.

Voltou à psiquiatria clínica e ajudou muitas pessoas. Facilmente se destacava em todo o lado e a ascensão social foi meteórica. Tinha espaço nos media que fazia inveja a muitos políticos e alcançou um status superior ao das pessoas que antes o haviam rejeitado.

No entanto, percebeu que precisava fazer uma difícil escolha, entre a fama e o sonho de produzir ciência. Resolveu abandonar a fama. Ninguém o apoiou, a não ser a mulher.

Saíu de São Paulo e foi para o interior. Construiu a sua clínica e casa numa mata. Começou tudo de novo. Por vezes entrava um cobra no consultório e AC aproveitava para incentivar o paciente a controlar as suas emoções. De novo encontrou o sucesso no seio dos seus pacientes.

Intensificou a produção científica, passou a escrever cerca de trinta horas por semana e a dar menos consultas. Teve três filhas. A tese parecia interminável. Após quase 3 mil páginas e quase vinte anos, AC terminou finalmente a sua tese. Era uma tese muito complexa e mesmo os mais aptos académicos teriam dificuldade em compreendê-la. Após inúmeras tentativas de publicação do texto, finalmente uma grande editora resolveu apostar no projecto. Foi um fracasso de vendas pois ninguém compreendera os textos. AC não desistiu e optou por democratizar as suas descobertas através de livros simples de divulgação científica. Resolveu começar de forma ousada – publicou um texto em que analisava a personalidade e inteligência de Jesus Cristo. O livro foi um sucesso estrondoso. Ao todo foram 5 livros sobre o tema.

Esta é a história de Augusto Cury, um famoso psiquiatra e cientista brasileiro. O sonho de AC começou a tomar forma no caos de uma depressão, atravessou fracassos, experimentou rejeições e tornou-se por fim realidade. Mais de um milhão de pessoas lêem os seus livros todos os anos só no Brasil. Estão publicados em mais de quarenta países e estão a ser adoptados em diversas faculdades de Psicologia, Sociologia, Educação, Direito e são usados em diversas teses de mestrado e doutoramento em vários países como Espanha, Portugal, Cuba e Brasil. A sua Teoria da Inteligência Multifocal está a ser estudada em pós-graduações e vários profissionais estão a especializar-se na aplicação e expansão das suas ideias.

(O texto em cima foi extraído e adaptado do livro “Nunca desista dos seus sonhos” de Augusto Cury)

Augusto Cury é um exemplo de perseverança e atitude positiva. A maioria de nós teria desistido e ter-se-ia acomodado à sua sorte perante uma porção dos obstáculos que AC enfrentou.

Lembro-me de um conceito de "sorte" que ouvi no seio de um encontro de empreendedores - a sorte existe na confluência da oportunidade e da preparação. Acredito que a receita ficaria mais completa se lhe acrescentassemos uma pitada de iniciativa.

Que diferença faria se a perseverança fosse ensinada na escola, entre outras competências, hoje identificadas como facilitadoras do sucesso (para que cada um de nós consiga optimizar e concretizar o seu potencial), da comunicação eficaz (pedra basilar da vida em sociedade e da produtividade do trabalho) e da liderança (potenciadora do sucesso individual e colectivo).

Para uma abordagem inteligente à escola e à educação em geral, não podemos ignorar o trabalho de Augusto Cury - Vale a pena lêr “Pais brilhantes, Professores fascinantes”, só para começar.

7 comentários:

Anónimo disse...

Gostaria de saber se DR AUGUSTO C URY e evangélico? qual igreja?
Pois o mesmo estava no congresso Desperta Deboras.Favor me responda.

Anónimo disse...

gostaria de saber se o Dr. Augusto Cury atende em alguma clinica, pois meu marido esta na rua usando crack, a mais de um mes depois de um periodo de abstinencia; pergunto porque estou lendo seu livro superando o carcere da emoção, e estou de mãos atadas, pois ele acha que não tem mais jeito, mas lendo o livro creio que ainda é possivel, por favor me de um retorno. me passe um telefone para contato.

iris13ago@hotmail.com e/ou vicenza_foz@hotmail.com

Anónimo disse...

boa noite
sou de colina conheço dr algusto cury e sua familia de lá
agora estou enfrentando um problema failiar de drogas
queria saber onde encontrar a clinica do dr
por favos entar em contato deixando tel para contato pois precisamos urgente de uma clinica
beatrizenderle@hotmail.com
obrigada
aguardo

Anónimo disse...

Gostaria de saber se Algusto Cury é evangélico, pois conhece a História de Cristo como Ninguém.
Estou com depressão faz algum tempo e não consigo sair, vivo trste,desanimada, sem vontade de viver.Já li ´Dez maneirs para ser feliz, Navegando nas águas da emoção,Jesus o maior lider de todos os tempos, Pais brilhantes professores fascinantes e outros. Confesso que me ajuda naquela hora, mas depois os sintomas da depressão permanece. Preciso de ajuda médica, mas não tenho dinheiro´. Psicólogos, terapeutas públicos, não tem vaga. Tenho medo, pois não consigo mais ir a igreja, não tenho vontade de fazer sexo, de tomar banho, cuidar de mim mesmo está muito difícil. Por favor, alguém me ajude! estou comendo demais e engordando, depois fico mais triste do que já estou quando olho o meu corpo horrível.culpo meu marido o momento que estou vivendo.

Unknown disse...

Dr.cury boa noite

quero dizer que sou sua fã n.1 e que li alguns dos seus livros, vi o sr.uma vez de longe e fiquei 0super feliz seu trabalho tem me ajudado muito , gostaria de saber qdo vai ser sua palestra em jaboticabal

um abraço

Conci3 disse...

Prezado Dr. Augusto,
Vc trabalha também em consultório?
Gentileza responder no endereço eletrônico: rocharc@terra.com.br
Muitíssimo obrigada!
Rosângela

Anónimo disse...

gostaria de saber se dr. cury atende em consultorio, estou lendo um livro dele e acho que ele é a unica pessoa que pode me ajudar a sair de uma depressao que já dura mais de 35 anos. obrigado, aguardo anciosa. edna.canova@hotmail.com