Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

quinta-feira, maio 06, 2010

Quem se segue ?

Hoje as noticias sobre a greve geral na Grécia e as trágicas consequências de uma multidão exaltada e em fúria? 3 mortos ? Quem se segue ? Penso que de momento um facto está bem patente, está cada vez mais difícil arranjar créditos para financiar as colossais dividas contraídas pelos governos ocidentais.Os problemas na Grécia são apenas um indicio para um agravar de uma situação já existente,a de, como reduzir o gigantesco défice nos orçamentos estatais e privados ? Um motivo desta problemática, a partir de 2011 parece estar eminente um refinanciamento de divida global num montante inimaginável ( os zeros quase não cabem numa linha) de dinheiro em grande parte devido á escassez de liquidez a nível mundial,e, um dos países que pode bem estar perante uma crise “ existencial é; o Reino Unido. Senão vejamos:

Se amanhã, e na sequência dos resultados eleitorais assistirmos a um empate técnico, e se chegar a lume , num cenário pós eleitoral , o “real” estado das contas públicas inglesas, a”verdadeira situação “ do já tão desolado sector bancário e do estado da “real” economia, e, se, o governo que for eleito tiver que confessar que a situação do país é , muito pior do que aquela que originalmente seria de supor,( aquela difundida antes das eleições)que acontecerá ?

A propósito, se quisermos “apostar” em qual o país que, próximamente venha a estar numa situação de incumprimento das suas obrigações financeiras, basta seguir uma pista lançada pela Goldman Sachs. E que prevê, que a partir do verão começará uma nova”batalha” pela Inglaterra., com a qual se tentará evitar um “desmoronamento” em torno da libra esterlina e das finanças estatais britanicas. E, uma coisa parece certa, a libra não irá passar incómule esta situação de divida extrema, e que poderá originar por parte do novo governo eleito, o encetar da implementação de um programa de austeridade de dimensões nunca antes vistas. Será que o FMI e a UE irão intervir em favor do Reino Unido ? Se sim , de que forma? Com que montantes ?

Seguramento que os ingleses possuem um argumento que não está á disposição do governo grego, ....a desvalorização da sua divisa, mas , perante o cenário actual, será que é uma medida suficiente ?

Não sou por natureza pessimista nem , muito pelo contrário, um cavaleiro da “Apocalypse”, mas , há alguns anos que venho defendendo a ideia de que “temos que mudar de vida” e mais do que a letra de uma canção, me parece que esta crise nos deixa uma grande oportunidade de mudança de mentalidades, mas, acima de tudo, de atitudes perante as nossas finanças particulares ( numa ambiente micro) as nossas finanças estatais( num ambiente macro ), e sobretudo que nos seja possível ter estas trocas de ideias num ambiente de serenidade social , longe das imagens “radicalizadas”assistidas hoje na Grécia.

Boas reflexões,

1 comentário:

Mário de Jesus disse...

Caro Henrique

Não podia estar mais de acordo. O que se passa nesta Terra quando um país como a Inglaterra (ou o Reino Unido) se encontra à luz dos holofotes e gera receios nos mercados internacionais? Gerando o medo de uma eminente ou hipotética falência? Este que foi e é uma das maiores potenciais económicas do planeta?

Como aliás gerou receios e graves problemas a irracionalidade do Sub Prime nos EUA.

Vivemos temos difíceis e ao mesmo tempo perigosos. Como bem dizes penso que falta uma quase radical mudança de mentalidades e de atitudes, explorar e testar novos modos de vista, mas acima de tudo uma geração de novos líderes, com visão estratégica e de longo prazo, verdadeiros condutores das pessoas e visionários quanto aos rumos para onde conduzir as nações. Se observarmos com atenção, parece-me que os politicos de grande estatura e nobreza apagam-se no horizonte do tempo...