Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

domingo, fevereiro 14, 2010

Crónicas de um Portugal Genial


Há dias tomei conhecimento das crónicas de Alexander Ellis no seu blog pessoal que alimenta de forma séria e docemente refrescante. Ellis é o Embaixador Britânico em Portugal.

Os meus amigos poderão consultar o seu blog e alguns dos seus textos em
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?sid=ex.sections/24971

Entre as fantásticas, optimistas e refrescantes crónicas que li deste autor, destaco aqui duas que relevo como exemplos: “Dez coisas que melhoraram em Portugal nos últimos 15 anos” e “O prazer do Vinho, para o mundo saber”. Convido-vos a ler.

Na primeira, faz referência a dez aspectos que melhoraram em Portugal nos últimos 15 anos, qual português orgulhoso da sua pátria. É ele próprio testemunha de uma evolução e inovação sentidas no nosso país. Na segunda viaja pelos prazeres dos vinhos portugueses a propósito do lançamento da marca nacional “Wines of Portugal”.

Tem sido um prazer ler este “Bife mal passado”.

Estou obviamente a falar das crónicas de um novo tipo de Embaixador, de uma nova geração, que não aquela do croquete, do pastel e do cocktail. De uma nova geração de optimistas e positivos, de pessoas que, para onde quer que olhem, vêm um caminho, revelam uma visão positiva, destacam um elemento de positividade.

Alexander Ellis, tanto quanto sei, desloca-se muitas vezes de bicicleta de casa para a sua embaixada. E fala de Portugal como um português que ama o seu país.

Destaca Eça de Queiroz, que ama, o cheiro, o mar, os parques naturais, o vinho, a saúde, as cores ou o metro de Lisboa como verdadeiros exemplos de evolução, conquista e sucesso em Portugal. De tudo o que diz de Portugal realça positivismo, optimismo, crença, clareza.

Os meus agradecimentos a Alexander Ellis.

Assisti igualmente a um programa na RTP 2 designado por “Iniciativas”. Este é responsável pela apresentação e testemunho de inúmeros casos de sucesso, inovação e empreendedorismo em Portugal. Projectos de muitos jovens e menos jovens empreendedores, muitas vezes solitários, que tiveram um sonho, acreditaram, apostaram, investiram e venceram. Pelos exemplos apresentados no programa de hoje, qual resenha histórica de tudo aquilo que foi conquistado por tantas pessoas, anónimas, ao longo de tanto tempo, temos apenas que nos vergar e fazer uma vénia.

Desde exemplos lançados pelo microcrédito (tema que particularmente me é querido) a projectos e ideias inovadoras, tituladas por cidadãos optimistas, enérgicos, que acreditam no seu país e no seu futuro, que constroem o seu próprio futuro, tudo vimos neste testemunho.

Por onde anda este Portugal e estes portugueses, anónimos mas interpretes de uma faceta de sucesso de que ninguém fala?

São estes os verdadeiros portugueses de futuro e os verdadeiros portugueses geniais. E há quem os acompanhe, quem deles fala e de quem deles se orgulha. Parabéns também à RTP 2 por isso.
Daqui e desta forma quero dar um contributo, um testemunho do apreço que tenho por pessoas desta natureza e deste tipo. São muitos destes que fazem a diferença.

Os verdadeiros portugueses geniais.

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado Alexander Ellis
Elogiar a manutenção da qualidade dos nossos vinhos, no topo do mundo e dos arranjos da margem do do rio Lis, na margem Boa não é coisa pouca. Apesar das subentendidas inerentes evoluções tecnológicas nestas áreas da produção nacional pouco/nada releva de inovador em áreas tão tradicionais do território deste país. Dado que as evidências da boa vinicultura e da construção de edificações que chegaram até aos nossos dias são de alguns séculos antes de Cristo.

Já o elogio ao nosso Metro de Lisboa é seguramente algo de muito diferente, porque é revelador da nossa capacidade de fazer e bem usar, em áreas bem modernas! O elogio é ainda mais positivo se pensarmos de quem vem, de onde vem, por onde circula e como circula (também utilizador de bicicleta).
Partilhar a sua opinião nestes três aspectos positivos é relativamente fácil! É no entanto evidente que estes e os outros aspectos de boa qualidade evidenciados por Alexander Ellis não satisfazem as necessidades de uma sociedade e economia moderna e aberta ao mundo.

Mário de Jesus disse...

Caro anónimo

Agradeço os seus comentários. O que me parece de relevar nas crónicas do Embaixador Alexander Ellis é um tom de optimismo refrescante, de quem vê as coisas pelo prisma positivo, pelo prisma de quem é observador atento de um país, das suas riquezas e raízes culturais e da sua evolução contínua e cadência de modernidade.

Como se esse país fosse o seu, como se fosse a sua amada pátria.

Coisa pouca, dirá o meu amigo(a). Mas que de facto se vê pouco por cá.