O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu há umas semanas atrás uma reforma nas universidades portuguesas que coloque as instituições do ensino superior como "escolas de excelência de nível internacional.”
Defendendo a necessidade de melhorar a gestão, a forma de avaliação e da acreditação das universidades como medidas fundamentais de forma a alcançar a Excelência, o Presidente da Republica veio assim a público defender uma reforma no nosso ensino superior.
Cavaco Silva não se opôs à ideia da elaboração de um "ranking" de universidades, e afirmou, nomeadamente, tratar-se de "uma coisa que existe a nível internacional e que, com certeza, chegará a Portugal.
Seria importante alargar este Ranking também ás escolas secundárias (públicas e privadas) no sentido de ajudar pais e alunos na escolha das melhores instituições, mas,…… só isso não basta…….
Um elevado nível de qualidade no ensino só é alcançado com o envolvimento activo dos próprios pais no funcionamento das escolas nomeadamente através da participação em associações de pais, no contacto regular e construtivo com os professores na elaboração dos programas pedagógicos a acima de tudo no acompanhamento em horário pós escolar, e, utilizando, com ponderação e bom senso os livros de reclamações/sugestões.
No fundo é tudo uma questão de atitude, o ensino em Portugal é uma questão importante de mais para ser deixada apenas nas mãos dos nossos governantes.
A excelência, a todos os níveis só se alcança com o envolvimento e participação activa de toda a sociedade civil.
3 comentários:
Estimado Henrique
Gostei imenso do artigo e partilho na totalidade os teus principais pontos de vista. Acredito na importância e impacto positivo dos rankings para as universidades e sublinho a verdade da importância da participação (e responsabilização) dos pais na qualidade do ensino, no acompanhamento e avaliação do sistema escolar. No fundo, como sempre defendi, a participação cívica (como pais ou meramente como cidadãos) é uma obrigação de todos.
Um abraço
O problema principal da abordagem economicista, é que não existem alunos bons, suficientes para encher as vagas todas. Assim, a qualidade de ensino nas universidades menos prestigiosas fica prejudicada, pois precisam de "passar" alunos para poder sobreviver.
A Inglaterra já deu cabo ao seu ensino superior, e nós vamos atrás pelo mesmo caminho, ao passo rápido.
A primeira coisa que deve ser feita, e com urgência, é reconstruir o Ensino Básico e Secundário, que os sucessivos governos iam destruindo nos últimos 20 anos, e assim acabar com o insucesso escolar. Só depois disso, é que devíamos tentar impor padrões de qualidade às universidades por via económica, pois na presente falta de alunos competentes o único resultado seria uma destruição rápida do sistema universitário.
Caro José Carrancudo
Gostaríamos de saber mais de si uma vez que nos parece que acompanha a problemática da educação que é um dos nossos temas em discussão. Vimos já que tem um Blog sobre estes temas pelo que talvez pudessemos estabelecer contacto mais frequente através do Blog ou via email. Gostamos de obter opiniões de pessoas esclarecidas que nos possam ajudar e ensinar.
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