Lendo as mais recentes tendências apresentadas na última edição de um dos mais credenciados jornais económicos da nossa praça (Semanário Vida Económica) tive a oportunidade de me confrontar com uma informação que, no mínimo, confirmou algumas das minhas suspeitas embora paradoxalmente não me tenha surpreendido. Isto devido ao facto de, em tempos, ter estudado o assunto.
Trata-se da confirmação de que nós, portugueses, temos uma visceral tendência para nos auto-flagelarmos e dizermos mal de nós próprios, desacreditarmos naquilo que é genuinamente nosso e julgarmos que tudo o que vem de fora é que é bom. No fundo acredito que isto será o reflexo de um certo sentimento (contraditório) de inferioridade em face dos outros (estrangeiros) quando noutros campos nos julgamos superiores (no improviso e na dita esperteza saloia). Veja-se também o sentimento ligado ao fenómeno do futebol. Somos muitas vezes os maiores…
Mas vamos ao que interessa. Diz o Vida Económica na última edição de 09 de Março que Portugal apresenta um nível de economia paralela (também conhecido como o sistema económico a funcionar pela via informal) de 22.3% (isto em % do PIB relativo a 2002). É certo que estamos acima da média da UE (só pode ser a 15) que é de 17%. É certo que acima da França (14,8%), Irlanda (15,5%) ou Alemanha (16,8%).
Mas é igualmente certo que abaixo da Itália (26,2%) e do Reino Unido (23%) e iguais a Espanha (22,3%). Isto é tanto mais curioso quanto sabemos que, se perguntarmos ao cidadão comum e inclusivamente a muitos de nós, pessoas evoluídas e informadas, a resposta disparará para valores muito superiores a estes. “Aqui! É cada um a roubar para o seu lado…”. Porque no fundo lá estamos nós a acreditar que somos piores que os outros. Quanto será na Grécia, Turquia, Albânia, Polónia, Republica Checa? No Brasil ou na China?
Fonte: relatório Schneider e Kilglmair (2004)
Trata-se da confirmação de que nós, portugueses, temos uma visceral tendência para nos auto-flagelarmos e dizermos mal de nós próprios, desacreditarmos naquilo que é genuinamente nosso e julgarmos que tudo o que vem de fora é que é bom. No fundo acredito que isto será o reflexo de um certo sentimento (contraditório) de inferioridade em face dos outros (estrangeiros) quando noutros campos nos julgamos superiores (no improviso e na dita esperteza saloia). Veja-se também o sentimento ligado ao fenómeno do futebol. Somos muitas vezes os maiores…
Mas vamos ao que interessa. Diz o Vida Económica na última edição de 09 de Março que Portugal apresenta um nível de economia paralela (também conhecido como o sistema económico a funcionar pela via informal) de 22.3% (isto em % do PIB relativo a 2002). É certo que estamos acima da média da UE (só pode ser a 15) que é de 17%. É certo que acima da França (14,8%), Irlanda (15,5%) ou Alemanha (16,8%).
Mas é igualmente certo que abaixo da Itália (26,2%) e do Reino Unido (23%) e iguais a Espanha (22,3%). Isto é tanto mais curioso quanto sabemos que, se perguntarmos ao cidadão comum e inclusivamente a muitos de nós, pessoas evoluídas e informadas, a resposta disparará para valores muito superiores a estes. “Aqui! É cada um a roubar para o seu lado…”. Porque no fundo lá estamos nós a acreditar que somos piores que os outros. Quanto será na Grécia, Turquia, Albânia, Polónia, Republica Checa? No Brasil ou na China?
Fonte: relatório Schneider e Kilglmair (2004)
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